Barbieri lamenta derrota e chances desperdiçadas: ‘Faltou ser efetivo’

Em partida de dois tempos distintos, o Red Bull Bragantino perdeu a sua invencibilidade de 12 jogos com a derrota por 1 a 0 para o Fortaleza no Castelão na tarde deste domingo. Com o revés, o Massa Bruta viu os adversários diretos se afastarem e o título ficar cada vez mais distante. Após o apito final, o treinador Maurício Barbieri concedeu entrevista coletiva para a imprensa.

Foto: Ari Ferreira / Red Bull Bragantino

A ATUAÇÃO O RED BULL BRAGANTINO, INTENSIDADE OU MÉRITO AO ADVERSÁRIO PARA DIFICULTAR O JOGO

“Eu acho que o adversário não impôs. Foi ao contrário. Mesmo no primeiro tempo, eles só tiveram praticamente o gol que foi marcado e outro lance impedido. A gente teve mais volume, um pouco mais de dificuldade para criar as oportunidades, mas tivemos uma chance clara com Praxedes. No segundo tempo, também dominamos e tivemos o controle do jogo. Eles tiveram algumas oportunidades em contra ataques, mas mais em erros nossos do que efetivamente eles terem criado alguma coisa. Então, eu acho que a gente se impôs, mas sem dúvida a sequência pesou. Foram jogos complicados, difíceis. Hoje jogando aqui às 4 horas, um ambiente de calor pesou um pouquinho, o que não é desculpa, porque estava quente para os dois lados. Mas acho que faltou efetivamente a gente guardar a oportunidade que tivemos. Talvez se tivéssemos sido um pouco mais eficazes, sairíamos no mínimo, com um placar igual”.

AS ALTERAÇÕES E O PORQUE NÃO COLOCAR MAIS OFENSIVIDADE

“Porque colocar ofensividade não é só colocar atacante. A gente precisava de alguém que desse mais dinâmica e ritmo à bola, para que ela chegasse com melhor condição dos dois lados. Essa foi a ideia de colocar o Jadsom. E o Weverson é um lateral de uma vocação um pouco mais ofensiva do que o Edimar. A expectativa era que ele pudesse passar mais e gerar mais volume por aquele lado. Depois a gente fez outras trocas e alterando mais homens de frente também. E volto a dizer: tivemos chances e oportunidades como a última do Aderlan no final do jogo, mas não foi só essa. Criamos outras chances”.

UMA SEMANA PARA TRABALHAR E AS PRIORIDADES NO PERÍODO DE RECUPERAÇÃO

“A prioridade, depois de mais de três meses sem ter uma semana de trabalho, primeiramente será de recuperar os jogadores. A gente teve o desgaste da sequência de jogos, das viagens. Não podemos esquecer que aqui o time teve um bom rendimento e fez um bom jogo, embora o resultado tenha sido ruim, contra uma equipe que teve uma semana para trabalhar, estudar e se preparar. Eu acredito que mesmo assim, conseguimos impor o nosso ritmo de jogo. Infelizmente, tomamos um gol que o Fabrício acabou escorregando no lance, faz parte, são coisas do futebol. Então agora a ideia é recuperar os jogadores e aí sem dúvidas, trabalhar todos os detalhes que existem e são necessários”.

A MARCAÇÃO PRESSÃO

“Na verdade ela surtiu efeito, só que o Fortaleza não procurou sair jogando. Jogou com bolas longas e as esticando para os atacantes lá na frente. Aí não teve como roubar essas bolas se eles não tentasse sair jogando. Então, na única vez que eles tentaram um pouco mais e deu certo, foi inclusive no lance do gol, que a gente estava organizado e equilibrado, mas o Fabrício acabou escorregando e chegamos atrasados na cobertura”.

O IMPACTO DA DERROTA NA SEQUÊNCIA DE JOGOS

“Não afeta em nada. Eu acho que ainda tem muito campeonato para acontecer. Na temporada passada a gente perdeu deles aqui, ganhamos em casa e terminamos bem a frente na tabela de classificação. Então eu acho que ainda está tudo em aberto. É claro que era um confronto direto, nossa expectativa era de vitória, mas infelizmente nesse momento não foi possível”.

O FIM DA INVENCIBILIDADE E A FALTA DE EFETIVIDADE

“Eu já disse antes: eu acho que a gente criou boas oportunidades de gol. Uma bola na trave do Praxedes, uma cabeçada do Fabrício, uma finalização do Ramires dentro da área, a última bola do Aderlan. Para mim o lance do Alerrandro é uma situação clara, mas não foi interpretada assim. Criamos chances sim. Faltou ser efetivo”.

A SEQUÊNCIA DE QUARTO JOGOS SEM VITÓRIA

“Eu acho que a análise tem que ser mais ampla do que só em relação a estes jogos. Até porque se eu só pegar esse recorte, vou estar avaliando efetivamente somente o resultado desses jogos. E eu já venho pontuando há um bom tempo que a gente vêm numa sequência de temporada atípica, muito grande de jogos, e isso alguma hora iria pesar e estamos sentindo isso cometendo erros de domínio, bolas passando por cima do pé, não conseguir controlar direito, erros de passe e a precisão na finalização diminui quando jogadores estão cansados. Eu acho que viemos e enfrentamos uma grande equipe, conseguimos impor o nosso plano de jogo, fizemos eles recuarem, tanto é que eles priorizaram fazer trocar defensivas para tentar segurar mais e tivemos oportunidades de empatar o jogo pelo menos, mas não conseguiu ser efetivo. Entendo o questionamento, mas a gente tem que olhar em um aspecto um pouco maior. Essa semana para recuperar os jogadores tem de a ser muito produtiva para a gente.

A IMPORTÂNCIA DE TER UMA SEMANA CHEIA PARA TRABALHAR

“Ajudará bastante. Principalmente em relação a recuperação e os jogadores poderem tratar de eventuais dores. Também é tempo que teremos de corrigir alguma coisa prática , algo que não conseguíamos por conta da sequência de jogos”

A POSSE DE BOLA E CHANCES NÃO APROVEITADAS

“Eles se comportaram bem, mas priorizaram em se defender. Toda vez que a gente enfrenta uma equipe que prioriza bastante a defesa é difícil de entrar. E a gente criou oportunidades. Podem não ter sido muitas em número, mas mas foram boas. Faltou a gente ser efetivo”.

JOGO SOB CONTROLE E GOL DO FORTALEZA

“Jogo estava controlado, encaixamos uma pressão e eles conseguiram sair. Mas assim que o Felipe dominou e girou, estava tudo equilibrado ainda. Mas o Fabrício escorregou no lance e isso permitiu o adversário chegar um pouco na frente para poder finalizar. Pegou bem na bola em uma posição difícil. Eu acho que foi um azar nosso esse escorregão e o desajuste”

SOBRE O FORTALEZA E O MÉRITO DO ADVERSÁRIO

“É uma equipe bastante aguerrida, competitiva, se defende muito bem, tanto é que tem uma das melhores defesas do campeonato. Tem conseguido explorar as oportunidades criadas. É uma excelente equipe. A vitória passa por mérito deles, mas também não conseguimos concluir as oportunidades que tivemos criadas em gol.

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