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Barbieri valoriza empate do Red Bull Bragantino diante do Ceará

Maurício Barbieri comemora vitória do Massa Bruta diante do Juventude. Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Após o empate em 1 a 1 com a equipe do Ceará, em casa, pela 23ª rodada do Brasileirão 2022, o treinador Mauricio Barbieri, do Red Bull Bragantino, falou sobre a efetividade dos seus comandados durante o duelo e o quais fatores podem ter atrapalhado a equipe para não conquistar a vitória na tarde deste domingo, 21.

“Difícil ter uma resposta definitiva e conclusiva. Eu acho que isso tem haver com a capacidade de ser decisivo, de contundência, que envolve uma série de coisas. Por isso, que muitas vezes tem jogadores de destaque que acabam tento um outro patamar na carreira porque tem esse patamar de decisão”.

“A gente tem trabalhado as finalizações, procurado criar situações para aprimorar essa questão. Mas eu tenho sempre dito que envolve técnica, mas não se limita a questão técnica. Tem o componente emocional. Em alguns momentos a gente ficou um pouco ansioso demais na partida porque queria fazer o resultado, entregar as coisas. Talvez nisso, tenha forçado um pouco mais nos passes, queimado algumas etapas nesse sentido. Uma possível explicação para essas finalizações é isso. Não tenho muito como dar uma resposta definitiva, porque efetivamente, ela não existe”.

Quando perguntado sobre o cobrador de pênaltis oficial, o comandante explicou qual o critério é usado para a escolha. Ele aproveitou também para falar explicar o motivo do posicionamento mais avançado do lateral Luan Cândido, que na reta final da partida, fez dupla de ataque com Gabriel Novaes, fazendo uma função completamente diferente da qual está acostumado.

“Acho que nenhuma das questões é novidade. O Lucas já vinha sendo o batedor. Quando a gente teve outras oportunidades de pênalti, ele estava batendo. A gente treina toda semana, faz o ranking, que fica ali no vestiário para eles verem quem é, e a sequência era Lucas/Luan, que foi o que aconteceu no jogo. O Lucas bateu o primeiro e depois o Luan acabou batendo o segundo. Então, isso está determinado e tem haver com o aproveitamento deles durante os treinamentos. E aí o Artur acabou perdendo esse espaço de ser o primeiro batedor. Não apenas em função do que aconteceu contra o Goiás, mas sim pela questão do treinamento na semana”.

“Já tínhamos feito isso com o Luan no jogo contra o Atlético-GO pela capacidade que ele tem no jogo aéreo e acho que isso não é segredo para ninguém. Talvez ele seja o jogador do nosso elenco que tenha a maior capacidade de ter jogo aéreo e a gente tinha uma situação de ter Messias e Luiz Otávio, que são duas torres gêmeas. Inclusive, a ideia de colocar o Carlos como jogador de movimentação e velocidade era justamente para sair dessa disputa aérea, para tentar ganhar terreno ou vantagem numa situação que entendíamos que era melhor para nós, a velocidade. Tanto é, que o pênalti saiu nesse sentido. Então, a alternativa foi usar o Luan e colocar uma presença com dois homens no ataque, junto com o Gabriel. Não revi o lance do pênalti, mas parece que foi mesmo. Acho que as duas presenças ajudaram nesse sentido”. completou.

Mauricio fez uma análise sobre como o Red Bull Bragantino foi no jogo em seu ponto de vista. Além disso, apontou alguns fatores para valorizar o ponto conquistado casa.

“Quero escolher bem as palavras porque sei que na cabeça do torcedor, um empate contra o Ceará em casa, e olhando isso como um fator isolado, não para o nome do jogo, não satisfaz ninguém, e eu entendo. O torcedor é emoção, ele se envolve, enfim. O problema é que eu tenho um papel difícil, que é muitas vezes explicar qual a razão o que o torcedor entendeu com a emoção”, pontuou.

“Em relação ao jogo, a gente finalizou três vezes a mais do que o Ceará, criou mais chances de gol, dominamos praticamente o jogo todo e eles quase não tiveram oportunidades. Tiveram uma bola numa cabeçada em cima do Aderlan, que eu me lembro e o lance do pênalti, que foi uma sequência de bola parada e gerou tudo aquilo. Não me lembro de outra situação perigosa que eles tenham criado. Eu acho que o papel do treinador é isso. O fundamental foi que hoje, estivemos principalmente na questão da atitude, do espírito, da entrega e da combatividade, uma postura bem diferente em relação ao último jogo”, afirmou.

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Barbieri ainda analisou o resultado final e questionou a decisão da arbitragem de mandar o primeiro pênalti batido pelo Ceará por conta de uma invasão do atleta do Vozão e por que a terceira cobrança não foi cancelada, já que ocorreu o mesmo fato.

“Acho que depois de um resultado ruim a gente se cobrava muito a um resultado, e o jogo tomou uma história difícil de equilibrar. Eles têm o pênalti, o jogador deles que faz o gol, invadiu e o VAR verificou que teve também uma invasão do Natan, que para mim, é praticamente o dedão do pé, mas a linha faz parte da área, então mandou voltar. Cleiton defende, mas a frente da linha, perfeito. Na cobrança do Zé Roberto, o Eric está invadindo. Por que não mandou voltar”, indagou Barbieri.

“Claro que os jogadores não sabiam naquele momento, mas é uma situação difícil. É um senso de injustiça, que as coisas não estão acontecendo e é difícil de lidar. Acho que eles se comportaram bem ao tentar buscar o resultado, fazer as coisas e é isso o que a gente controla: atitude, posição, compromisso, determinação. Mas, essas decisões da arbitragem fogem do nosso controle. Então nesse sentido, foi positivo, uma resposta madura e fomos buscar um ponto mesmo com as circunstâncias do jogo”.

O Red Bull Bragantino volta a campo apenas na próxima segunda-feira, 29, quando enfrentará a equipe do Corinthians, na Neo Química Arena, em São Paulo, às 21h30. Pensado neste compromisso do Braga, Barbieri aproveitou para falar dos outros jogos que a equipe terá nas rodadas seguintes.

“É uma sequência, pesada, e temos ciência disso. Da dificuldade, do desafio que a gente vai enfrentar. Agora, a gente já mostrou em outros momentos que conseguimos ser repetitivos contra essas equipes. Com o Flamengo em casa e o Palmeiras nas outras temporadas. Então, acho que temos que nos fortalecer em relação a esse retrospecto, tentar encontrar soluções e uma maneira para ir de frente e trazer pontos nessa sequência dura que vamos ter pela frente”, concluiu.

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