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Beatriz Dizotti e Ana Marcela são as primeiras nadadoras a conquistarem vagas para Tóquio

Beatriz Dizotti, Natação, Seletiva Olímpica, Jogos Olímpicos
Foto: Ricardo Bufolin

O quarto dia da Seletiva Olímpica de natação foi marcado pela conquista das primeiras vagas femininas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Beatriz Dizotti, do Minas Tênis Clube, e Ana Marcela, da Universidade de Santa Cecília (Unisanta), vão representar as mulheres no Japão. As atletas nadaram a prova de 1500m abaixo do índice determinado pela FINA, nesta quinta-feira (22), no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.

A atleta minastenista, além de conseguir a vaga para Tóquio, determinou o novo recorde brasileiro para a prova de 1500m livre. Beatriz, de apenas 21 anos, nadou para o tempo de 16m22s07, batendo o índice anterior e conquistando sua primeira vaga nos Jogos Olímpicos.

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— Foi um trabalho muito bem pensado, eu acho que o Minas, a comissão técnica, todo o staff me ajudou muito. Eu tive uma tendinite rápida no meio da temporada, mas graças a Deus foi tudo muito rápido, por incrível que pareça eu voltei ainda melhor. Eu fiz uma tomada de tempo muito boa antes disso, então eu já estava imaginando e estou realizando meu sonho olímpico – disse Beatriz.

Ana Marcela, do Unisanta, é conhecida pelas conquistas e recordes internacionais nas maratonas aquáticas de 15km e 25km. Este ano, por conta da pandemia da COVID-19, resolveu tentar as provas na piscina para se acostumar com as competições. A nadadora conseguiu o tempo de 16m25s76, batendo logo atrás de Beatriz Dizotti e emplacou a segunda vaga feminina brasileira para a prova dos 1500m em Tóquio.

— Eu acho que é a segunda ou terceira vez que eu saio muito feliz e contente da piscina com o resultado. Eu sei que foi muito difícil ouvir as pessoas falarem que eu sempre fui da maratona. O coach sempre me tira dessa zona de conforto, ele me mostra o quanto eu ainda posso evoluir na piscina.

Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Mesmo conseguindo o sonho de estar no maior evento do mundo, Ana Marcela não pretende nadar a prova. Como usou a Seletiva para recuperar o ritmo de competição, a nadadora pretende entregar o título para outra menina no dia 12 de julho, quando vai acontecer uma repescagem para os atletas que ficaram de fora da Seletiva Olímpica, por testarem positivo para a COVID-19. Suas apostas são o terceiro lugar, desta quinta-feira (22), Betina Lorsheitter ou Viviane Jungblut, do Grêmio Náutico União.

— Eu recebi essa prova aqui hoje, todo mundo sabe que meu esporte é a maratona. Dia 12 de julho, se todo mundo me permitir essa prova vai estar guardada e eu espero entregar ou pra Vivi ou pra Betina, porque eu sei que são meninas que vão fazer valer a pena isso aqui. Então essa placa ela vai estar guardada pra uma delas e eu espero que a Vivi tenha a chance de ter a oportunidade de fazer o que ela já vem fazendo há mais de três anos, que é nadar abaixo desse índice. Quem sabe o quanto é difícil pegar COVID, estar fora, a motivação é diferente, mas eu espero que com o tempo ela consiga recuperar e ir em busca dessa vaga.

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