Em 5 de fevereiro de 2011, Anderson Silva e Vitor Belfort foram protagonistas de um dos momentos mais lembrados da história do UFC. Neste dia, há dez anos, o ‘Spider’ deu o famoso chute frontal que nocauteou o ‘Fenômeno’ e fez o MMA explodir de vez entre os brasileiros.
O chute, que viraliza até hoje entre os fãs de MMA, ainda permanece vivo na memória dos que assistiram ao golpe e seus protagonistas. No caso de Belfort, as memórias não são nada positivas. Em entrevista ao Combate, o ex-lutador do UFC afirmou que tudo não passou de ‘sorte’ para o então rei dos médios do Ultimate.
– Aquele chute foi a maior sorte da vida dele. Tinha certeza de que iria ganhar dele, nocautear ele. E o Anderson sabia disso. Se ele não tivesse encaixado aquele chute, foi aquele chute que ele tinha e poderia ganhar, o próprio time dele falava isso. Eu tinha a convicção que, se eu botasse a mão nele, ele iria para o chão – afirmou Belfort.
Muito do clima de rivalidade se deu pelo fato de que Anderson Silva e Vitor Belfort terem treinado juntos e o casamento da luta seria algo que o ‘Spider’ não teria gostado por quebrar uma ‘regra’ de companheiros de time nunca se enfrentarem. A pesagem envolveu a famosa aparição de Anderson com uma máscara, na qual rebatia uma declaração do então rival que afirmou que o campeão teria ‘duas caras’.
– Sempre tive a cabeça para que a gente teria que pensar como profissional no Brasil. Mas sempre se levou as coisas para o lado pessoal. O Anderson levou tudo para o lado errado, apesar dele ter ganho e o nome dele ter crescido. Ninguém daquela época tinha prestado atenção no que ele tinha feito. O lutador costuma pensar só na luta e não adiante. Existem os Moisés de todo o deserto, que abrem as águas. Fui o cara que abriu essa água, todo mundo foi contra. Depois veio o André Pederneiras, que foi quem mais me apoiou nisso. Um cara que teve a visão do empreendedorismo na luta e, com isso, as pessoas foram ficando mais à vontade – afirmoiu o ‘Fenômeno.
Uma revanche nunca chegaria a ser concretizada, com os dois lutadores seguindo passos diferentes na carreira. Mas agora ambos se encontram fora do UFC e a chance de um reencontro não seria algo a ser descartado por Belfort.
– Se for um bom business, porquê não? Lutas assim seriam economicamente muito boas e acho que seria bom trabalhar um conteúdo novo. A maneira que a luta gira, os youtubers estão ganhando – afirmou.
