O Borussia Dortmund confirmou, nesta quarta-feira (02), que expulsou Gerhard Schroder do quadro social do clube. O antigo chanceler da Alemanha era sócio honorário do Dortmund, mas também lidera o conselho de vigilância de petrolífera Rosneft, pertence a administração da Nord Stream (empresa responsável pelo principal gasoduto da Europa Central) e vai integrar o conselho da Gazprom.
Por esses motivos, Schroder foi afastado, já que essas empresas russas apoiam o regime de Vladimir Putin, que iniciou um conflito bélico contra a Ucrânia na semana passada, enviando tropas para invadir o país vizinho. Essa postura foi considerada “inaceitável” pelo Borussia Dortmund, que optou pela exclusão de Schroder do quadro social.
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O agora ex-sócio do Borussia Dortmund já foi chanceler da Alemanha e chefiou o executivo de Berlim entre 1998 e 2005, período durante o qual travou amizade com Vladimir Putin. Essa relação se arrastou ao longo dos anos ao ponto de Schroder conseguir cargos de destaque em empesas estatais da Rússia.
A atitude tomada pelo Borussia Dortmund já vem sendo adotada por diversos clubes ao redor do mundo e muitos estão optando por romper seus vínculos com empresas russas. Na própria Alemanha o caso mais emblemático é o do Schalke 04, que anunciou o fim das relações com a Gazprom, que já durava desde 2007. Diante do conflito bélico, a empresa deixou de ser a patrocinadora principal do clube alemão e também teve relações rompidas com a Uefa.
Confira a nota do Borussia Dortmund:
Dada a guerra de agressão russa contra a Ucrânia e a grave violação associada à lei internacional aplicável, é inaceitável que um membro honorário do BVB assuma cargos de administração em empresas estatais russas.
Schröder atualmente atua, entre outras coisas, como chefe do conselho de supervisão da petrolífera russa Rosneft.