O Botafogo pagou uma dívida de R$ 6,5 milhões neste sábado e garantiu sua permanência no Regime Centralizado de Execuções (RCE). O acordo, que mantém o alvinegro livre de penhoras em dívidas cíveis e trabalhistas. O pagamento foi anunciado pelo clube pelas redes sociais.
O clube vinha tentando renegociar com credores uma nova estrutura de pagamentos nessas dívidas, trocando o cálculo de juros (da taxa Selic para a IPCA-E) e aumentando o prazo de pagamentos. Mas a Justiça acabou negando o pedido e determinou que o Botafogo pagasse os valores atrasados, os R$ 6,5 milhões.
– Esse pagamento é um grande sinal do nosso compromisso em quitar a dívida histórica do Botafogo. Estamos trabalhando com responsabilidade financeira para crescermos sustentavelmente, equilibrando despesas e receitas. Quando assumimos a SAF, era inviável cumprir os acordos de dívidas que haviam sido firmados. Mergulhamos no entendimento do perfil do passivo e abrimos diálogo com os credores trabalhistas. Refizemos os acordos para viabilizar os pagamentos dentro do fluxo de caixa. Esse é o nosso compromisso. Seguiremos sempre em busca do que é melhor para o futuro do Botafogo – afirmou o diretor geral e CEO interino do Botafogo, Thairo Arruda, nos canais oficiais do clube.
O RCE é um mecanismo criado pela lei da SAF que permite que os clubes organizem uma fila de credores (pessoas ou empresas que têm valores a receber) e um plano de pagamento que pode durar até dez anos. O dispositivo evita que os clubes sofram execuções imediatas, ou seja, penhoras em valores que vier a receber.
