A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei ficou com a medalha de prata nesta edição dos Jogos Olímpicos. Os Estados Unidos fizeram um jogo irreparável, principalmente no setor defensivo, e bateram o Brasil por 3 a 0 (25/21, 25/20 e 25/14). O resultado fez das norte-americanas medalhistas de ouro pela primeira vez na modalidade em Olimpíadas.
ESCALAÇÕES
Brasil: Carol Gattaz, Rosamaria, Macris, Gabi, Carol, Fernanda Garay e Camila Brait. Técnico: José Roberto Guimarães.
Estados Unidos: Jordyn Poulter, Wong, Larson, Drews, Bartsch, Akinradewo e Washington. Técnico: Luka Slabe.
RESUMO DO JOGO
A Seleção Norte-Americana fez uma partida de gala. Bem em todos os fundamentos, principalmente na defesa, não deu qualquer esperança factual ao Brasil durante o jogo. A Seleção Brasileira, por sua vez, não foi capaz de neutralizar os ataques adversários, que focavam em espaços mal ocupados no meio da quadra e diagonais curtas e médias. Os ataques do Brasil, por mais que fortes — principalmente de Fê Garay e Gabi —, foram contidos pela recepção estadunidense, que deixava quase sempre o passe A para as atacantes.
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PRIMEIRO SET
A Seleção Americana começa abrindo 4/0, com bloqueio muito bem posicionado, forçando o primeiro pedido de tempo do Brasil. Com 6/3, os três pontos da Seleção Brasileira eram dois de erros de saque das norte-americanas e um de ataque fora. Aos poucos, o Brasil foi se encontrando no jogo e parando de depender apenas dos erros das oponentes: o caminho era o saque forçado, dificultando a recepção. Mas Larson e suas companheiras ainda sabiam explorar os erros de posicionamento do Brasil – e, com erro de saque de Macris, faziam 13/9. Em rally recheado de belas defesas, Gabi pôs a bola no chão e pareceu ter abalado as americanas, que erraram bola fácil — era o Brasil encostando com 14, um ponto atrás.
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Um fundamento em destaque nas americanas era a recepção. Não parecia haver bola impossível para Michelle. Desta forma, e com o passe na mão, Drews arrematou para fazer 20/17. Carol até teve um bom momento, com uma sequência de dois pontos empolgantes; Zé Roberto pediu tempo no set-point; mas os Estados Unidos encerraram o primeiro período em 25/21. As norte-americanas fizeram 18 pontos de ataque, o dobro das brasileiras.
SEGUNDO SET
Brasil tem bom início, imprimindo ritmo forte e indo a 4/2. Mas a virada aconteceu em 5/4. A partida, mais equilibrada, apresentava parcial com um ou dois pontos de diferença, mas as americanas chegaram a 12/8. Por outro lado, o Brasil se portava bem mais intenso e impositivo em relação ao primeiro set. A Seleção Norte-Americana era a mesma: e já era o suficiente para chegar a 16/9 e forçar pedido de tempo.
Os Estados Unidos despontavam em todos os fundamentos. O bloqueio e a recepção neutralizavam fortes ataques de jogadoras como Fê Garay e Gabi; a líbero norte-americana Justine Wong brilhava; e os Estados Unidos abriram 20/11. A Seleção Brasileira até teve uma grande sequência, indo dos 11 aos 19 pontos, mas com as americanas em 22 acertos. Gabi, Fernanda Garay e Carol eram os nomes que reerguiam a Seleção, que conseguia finalmente vencer a defesa norte-americana. Não foi suficiente: 25/20 para os Estados Unidos e mais um set vencido.
TERCEIRO SET
Gabriela, a camisa 10 do Brasil, entrou de vez no jogo e carregou a Seleção, junto com Fê Garay, ao 6/4. As americanas mantiveram seu padrão e logo viraram em 7/6. Com 9/7 para as atuais campeãs da VNL, Zé Roberto pediu tempo. A parada foi melhor para as americanas, que continuavam se defendendo muito bem e deixando o passe na mão para jogadoras como Andrea Drews, que arrematou o 15/8 no jogo.
Sem muitos detalhes, tudo dava certo para as americanas, que esticavam para 20/11 a parcial. As meninas da Seleção Brasileira já se mostravam ansiosas em não conseguiam sucesso quando tinham a chance. Com 25/14 na parcial, os Estados Unidos fecharam o set e o jogo: vitória por 3 a 0 e medalha de ouro para as norte-americanas.
QUADRO DE MEDALHAS
Com o resultado no vôlei, o Brasil consegue sua vigésima primeira medalha em Tóquio 2020. São 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. É o melhor resultado da história do Brasil em Jogos Olímpicos.
