Um verdadeiro clássico mundial. Brasil x EUA já protagonizaram duas finais olímpicas e fizeram um confronto de tirar o fôlego nessa sexta-feira (25) pela final da Liga das Nações 2021 – segunda seguida entre as duas seleções na competição. Zé Roberto Guimarães escalou o que tinha de melhor para a decisão. Começaram pela Seleção Brasileira, Macris, Tandara, Gattaz, Carol, Fernanda Garay, Gabi e Camila Brait. Já Karch Kiraly repetiu a mesma escalação que venceu a Turquia por 3 sets a 0 na semifinal, com Poulter, Thompson, Akinradewo, Washington, Barstch, Larson e líbero Wong-Orantes.
O JOGO
Com uma boa distribuição das levantadores de ambos os lados, os dois times se equivaliam no placar até meados do primeiro set. Atento, o bloqueio brasileiro achou o ataque estadunidense e começou a desgarrar do marcador. A Seleção Brasileira chegou ao segundo tempo técnico com três pontos de vantagem: 16-13. Aproveitando os contra-ataques e com Tandara inspirada, as comandadas de Zé Roberto Guimarães foram administrando a vantagem no set.
Mas com a inversão 5×1 em quadra, com Dani Lins e Rosamaria, os Estados Unidos voltou a encostar no placar. Desfeita as trocas, o Brasil foi trocando pontos com as adversárias no final da parcial e as norte-americanas chegaram a fechar o set. No entanto, Zé Roberto foi sagaz para pedir desafio no último ponto e o VAR marcou toque na rede dos EUA, dando, assim, a igualdade para o placar. As equipes seguiram trocando pontos e com um erro de ataque de Barstch, o Brasil fechou o set inicial: 28-26.
No segundo set, os dois times foram jogando próximos do placar até meados da parcial, com Tandara e Thompson sendo o diferencial das suas seleções no ataque. Entretanto, as brasileiras tinham o bônus de ter as duas ponteiras – Garay e Gabi – em sintonia e sendo regulares no ataque e defesa. Por sua vez, as ponteiras dos EUA pecavam pela irregularidade no ataque e contribuíam para que o time brasileiro explorasse os erros norte-americanos.
Mas na segunda metade da parcial, Kiraly fez a inversão, com Drews e Hancock, e o time norte-americano começou a colocar pressão no time brasileiro. Com bolas rápidas, a levantadora norte-americana entrou e confundiu o bloqueio brasileiro. Assim, os EUA retomaram o controle da partida e foram construindo uma boa margem no placar. Então, foi a vez de Zé Roberto fazer a inversão 5 x 1, com Dani Lins e Rosamaria, e apesar das trocas dessa vez surtirem efeito, o rival conseguiu fechar o set: 25-23.
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O terceiro set foi o mais equilibrado da partida, com os dois times se revezando na liderança do placar. Contudo, novamente com a inversão 5×1 em quadra, as norte-americanas foram mais efetivas do meio para o final do set e acabaram levando a parcial, de virada. Zé Roberto trocou Fernanda Garay por Natália, mas a capitã da Seleção não entrou bem e acabou sofrendo na recepção, sendo caçada pelo adversário no saque. Com Dani Lins e Rosamaria em quadra, os EUA se aproveitaram da imprecisão da campeã olímpica nos levantamentos e fecharam o ângulo de ataque das brasileiras no bloqueio. Assim, as norte-americanas fizeram 25-23 na parcial e viraram o confronto: 2-1.
Se no set anterior a velocidade da levantadora estadunidense fez a diferença no placar, foi a vez de Macris brilhar e prestigiar as atacantes brasileiras. Com Natália em quadra, o Brasil conseguiu abrir boa vantagem no início da parcial, com o sistema defensivo e o contra-ataque fluindo. Kiraly percebendo a supremacia brasileira o set, colocou Drews em quadra no lugar da jovem Thompson. Com a mudança, as norte-americanas começaram a encostar no placar. Após pedido de tempo de Zé Roberto, as brasileiras voltaram a se concentrar no jogo e conseguiram manter dois pontos de vantagem sobre as rivais. Mas no segundo tempo técnico obrigatório, Kiraly recolou os EUA no jogo, e com o contra-ataque e o saque funcionando, as norte-americanas colocaram pressão nas brasileiras, e de virada novamente, venceram a quarta parcial por 25-21 e se tornaram tricampeãs da VNL com 3-1 no placar: 26-28, 25-23, 25-23 e 25-21.
Turquia fecha o pódio da VNL 2021
Na disputa pela medalha de bronze, a Turquia levou a melhor sobre o Japão e venceu o adversário por 3 sets a 0, com parciais de: 25-19, 25-16 e 25-17. A oposta Karakurt foi a maior pontuadora do confronto com 29 acertos, seguida da central turca Eda Erdem com 13.