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Campeão do Bellator fala sobre guerra na Ucrânia e concentração para luta

Reprodução/Instagram Yaroslav Amosov

A guerra entre Ucrânia e Rússia, que chegou ao primeiro aniversário nos últimos dias, mexeu com o mundo inteiro de várias maneiras, com o esporte sendo afetado pelo conflito. Um dos que mais sentiu os efeitos de tal questão foi o lutador de MMA Yaroslav Amosov, hoje no Bellator

O ucraniano, campeão dos meio-médios da organização, defenderá seu título neste sábado (25) diante do campeão interino Logan Storley. Será a primeira luta de Amosov desde que decidiu se afastar das lutas para se juntar ao exército de seu país nos esforços de guerra contra os russos no último ano.

Foram quase dez meses em que o lutador se dedicou a lutar com as forças armadas da Ucrânia, o que o impediu de defender seu título diante de Michael Page. Agora, de volta ao cage depois de servir ao exército ucraniano para ajudar seu país contra as forças de Vladimir Putin, o foco agora será lutar e usar o que tem acontecido com seus compatriotas como motivação para seguir campeão do Bellator

– A situação na Ucrânia me dá motivação. Às vezes, quando estou treinando e acho que o treino está sendo forte demais, penso por quem estou lutando. Estou lutando pelos soldados. É difícil. Mas agora é diferente, porque agora eu entendo. Antes disso, eu era só um lutador, um esportista. O cage era a minha casa. Agora, entendo que é só esporte. A minha motivação agora é salvar a minha família, meu povo. Claro que treinar é importante, mas isso não é a prioridade – declarou Amosov ao MMAJunkie

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Após a luta no Bellator, Amosov terá a chance de rever a família e voltar para a Ucrânia, onde deve continuar a fazer parte do exército local para os conflitos contra os russos. Ao falar do impacto da guerra e da decisão de ir ao campo de batalha para defender seu país, o campeão dos meio-médios ofereceu uma visão dos sentimentos dos familiares.

– Ela tem medo. Minha esposa entende que um dia posso não ligar e nem no outro. Não sabemos. Quando a guerra começou, ela ouvia sobre o que acontecia, porque o primeiro ataque foi perto de minha cidade. Ela ouvia os foguetes, os tiros dos aviões. Ela ouviu tudo isso… Claro que ela está com medo e todo mundo está – afirmou.

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