Depois do título do primeiro turno, o ABC ficou tenso com a possível saída do seu atual treinador. Em entrevista para a CBN Natal, Moacir Júnior revelou que teve propostas, mas que o atual projeto convence a ficar.
– Houve uma coisa oficial, não só do Paraná, teve outras situações na semana que a gente ia decidir. Mas eu falei que só falaria após a decisão, e fizemos uma reunião após a decisão, e como aconteceu com o Manaus no ano passado, veio uma proposta oficial, mas conversamos e vimos que o projeto está indo bem, o resultado é muito satisfatório para as partes. E resolvemos dar sequência, todo mundo sabe que na vida, as vezes o mais fácil não é o melhor, e a vida também não é só dinheiro. Mas hoje, por todo envoltório, acho interessante seguir o projeto dando o meu melhor no ABC e com esse ótimo ambiente que construímos – revelou.
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Com o título, o alvinegro já está confirmado na final do Campeonato Potiguar, mas o treinador contou que fez um pacto com os atletas para começar tudo do zero na segunda etapa e ser campeão com os dois turnos.
– A gente conquistou um título que traz muita coisa, e ontem, a gente fez um pacto de novo, e fazer de conta que não conquistamos, e precisamos igual no ano passado, a gente fez um returno precisando conquistar a todo custo o returno, devido ao calendário. O nosso pensamento é criar isso nos atletas, e a partir de quarta, encarar com a maior seriedade possível – contou.
Na questão dos reforços, Moacir ressaltou que precisa nos três setores (defesa, meio e ataque), mas que o time não deve fazer loucuras e seguir um planejamento.
– Acredito que a gente precisa reforçar nos três setores (defesa, meio e ataque). A gente tem um planejamento, e cumprimos isso a risca. Vai ser feito de uma forma inteligente, e da forma que o ABC está sendo gerido, cumprindo tudo e conquistando os objetivos. E vamos fazer de uma forma bem feita, acredito que os três setores existem carências para manter o nível de competitividade – ressaltou.
Questionado sobre as punições do STJD para o ABC, Moacir relembrou dos acontecimentos da Pré-Copa do Nordeste e falou sobre a qualidade do árbitro Léo Simão Holanda, que comandou o apito naquela eliminação.
– A gente não se classificou, foi hiper, super prejudicado por um calendário e um árbitro que fez uma lambança enorme. Se ele não faz aquilo, a gente tinha classificado, com a força da Frasqueira, a gente tava atropelando todo mundo aqui e por um cidadão ficamos fora. Foi o mesmo árbitro que apitou o jogo da Ponte Preta com a Aparecidense, e teve que repetir o jogo, provando que ele não tinha condições de apitar um jogo da Pré-Copa do Nordeste. Ele tinha que ser punido e proibido de militar no meio do futebol, e não ficar causando prejuízo. Foi algo que me chateou bastante desde lá, porque eu tive que me conter para não partir para outras vias com ele – relembrou.
Em abril, a Série C vai começar com um novo formato. O treinador abecedista contou que vai precisar da força da Frasqueira para manter a regularidade e buscar o acesso para a Série B.
– Eu não gostei (do formato). Eu tenho saudade da chave do Nordeste na Série C, acho que seria muito melhor para todo mundo. Agora vai prevalecer a regularidade, o ABC não tem como competir financeiramente com Mirassol, Botafogo-SP, eles têm uma cota muito diferenciada em seus campeonatos estaduais. Ano passado, o Sampaio Corrêa começou bem entre os primeiros e quase caiu para C, porque não teve regularidade. Espero que a gente consiga equilibrar o time para quando chegar o campeonato, ter uma equipe que possa fazer os pontos para se classificar e depois buscar o acesso. Mas com esse formato, a gente vai ter que surpreender, com a força da torcida, para ser um diferencial dos 10 jogos a 9 como mandante – contou.
