Opinião

Cartão Azul é realmente uma medida necessária?

Foto: Divulgação/Freepik

Introdução

O mundo do futebol foi surpreendido com a possibilidade de uma revolução em seu “livro de regras” com a introdução do cartão azul. A proposta, elaborada pela International Football Association Board (IFAB), órgão responsável pelas regras do esporte, poderá representar uma mudança significativa no modo como as punições são aplicadas aos jogadores.

Essa possível nova penalidade não apenas visa corrigir condutas antidesportivas, como simulações e desrespeito ao árbitro, mas também poderá ter um impacto importante no mercado de apostas, especialmente no que diz respeito ao handicap de cartões.

A notícia completa você pode checar aqui.

Como funcionaria o cartão azul?

Segundo informações do jornal britânico, o cartão azul estaria em discussão para penalizar jogadores por condutas como simulação, faltas antidesportivas, desrespeito ao árbitro, o que resultaria na retirada dos jogadores por 10 minutos.

Se um jogador receber dois desses cartões azuis ou uma combinação de um azul e amarelo, resultará na sua exclusão da partida com o vermelho. Se aprovado pela IFAB e após passar pelos testes da FIFA, entidade que comanda o futebol mundial, essa poderá ser a primeira grande revolução nas penalidades na modalidade desde a introdução dos cartões amarelo e vermelho na Copa do Mundo de 1970, no México.

Onde será apresentado

A Inglaterra, o berço do futebol, servirá de laboratório para testes da “nova regra”, a edição de 2025/26 da Copa da Inglaterra, a competição oficial mais antiga da modalidade, é a onde os primeiros testes serão realizados, tanto no torneio feminino quanto masculino. Principalmente nas primeiras fases da competição, já que as equipes da Premier League só começam a disputa na terceira fase. O objetivo é observar a aceitação dos atletas, torcedores e inclusive os árbitros, que são os responsáveis pelas aplicações dos cartões.

Mais regras são necessárias?

Normalmente, nós não gostamos de mudanças muito radicais em nosso cotidiano porque isso altera completamente algo que estamos habituados a fazer. E no universo do futebol o mesmo se aplica. Pegamos como parâmetro as novidades mais recentes do futebol, a tecnologia na linha do gol e o VAR.

Quem não se lembra do clássico entre Alemanha e Inglaterra nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010 e o gol mal anulado de Frank Lampard? O meio-campista do Chelsea chutou a bola de fora da área, a bola bateu no travessão do goleiro Neuer e quicou dentro da linha, mas a arbitragem erroneamente não validou o gol.

Precisando implementar uma solução por pressão na ocasião, a Fifa criou em 2012 a tecnologia do gol. O sistema tecnológico tem 14 câmaras e, caso a bola atravesse por completo a linha sob o travessão, um sinal é enviado para o relógio do árbitro, validando o gol. Essa inovação foi implementada pela primeira vez na Copa das Confederações e no Mundial de Clubes de 2013, e desde então tem sido utilizado em todos os eventos organizados pela FIFA.

O mesmo aqui vale com a introdução do árbitro de vídeo, o VAR, que é a adição tecnológica mais recente e talvez a mais polêmica. A tecnologia do VAR veio para facilitar as decisões do árbitro de campo inspirado em outros esportes como o futebol americano, tênis e vôlei. No início, houve muita resistência com o argumento que deixaria o jogo monótono.

A partir de 2016, os testes começaram a ser realizados e em 2018 a Fifa implementou o sistema na Copa de 2018, na Rússia, atualmente parece existir um consenso sobre o uso da tecnologia de vídeo. O problema aqui está mais relacionado a demora da decisão, pelo tempo que a bola fica parada, e isso consequentemente incomoda o público por não ter jogo, do que o uso ou não dela em campo. Mas conforme tanto jogadores, árbitros e torcedores se acostumarem mais com o VAR o seu uso se tornará mais natural para todos os envolvidos.

Todavia, a criação dos cartões amarelo e vermelho já estão mais do que bem estabelecidos no universo da bola redonda. Inclusive, muitas das punições estabelecidas como aplicáveis para o cartão azul, como simulações e reclamações acintosas, o cartão amarelo já serve como uma ótima advertência. Além do mais, ela abre espaço para decisões ainda mais interpretativas da arbitragem: qual cartão será aplicado em determinada situação?

A introdução do cartão azul gera mais dúvidas do que certezas ao jogo. Essa exclusão por 10 minutos, poderão ser feitas substituições? Caso o goleiro seja punido, ficarão 10 na linha sem poder defender a meta? Então, parece ser uma mudança um tanto quanto desnecessária para o esporte.

Inclusive, muitos treinadores da Premier League, primeira divisão da Inglaterra, mostraram-se contrários a nova medida.

Em coletiva nesta sexta-feira (9), o treinador do Liverpool, Jürgen Klopp, disse que o cartão azul só vai “complicar” ainda mais a vida dos árbitros, em um momento em que eles deveriam ter o trabalho “facilitado”, segundo o alemão.

“Essas coisas só servem para complicar tudo ainda mais. Se você quer testar, não tem problema nenhum, mas não significa que vai acontecer. Eu não tenho ideia (se será bom ou ruim), para falar a verdade. Não tenho ideia”, apontou.

“Na primeira vez que ouvi falar (do cartão azul), não me pareceu uma ideia tão fantástica assim… Mas a verdade é que não consigo lembrar da última ideia fantástica que esses caras (da Ifab) tiveram. Se é que já tiveram alguma”, ironizou.

O técnico do Tottenham, Ange Postecoglou, se mostrou perplexo com a possível novidade.

“Eu tenho problemas para entender essa urgência de adotar novidades. Para falar a verdade, não sei se tem tantas coisas erradas com o jogo no presente momento”, argumentou.

“Meu maior problema com o futebol no momento é como o VAR mudou o esporte como experiência. Não sei se um cartão de cor diferente fará alguma diferença. Os outros esportes estão tentando tornar os jogos mais rápidos, enquanto o futebol está ficando cada vez mais pausado”, reclamou.

O que altera no mercado de apostas no futebol

O mercado de apostas relacionadas a cartões é uma parte intrínseca e animada do cenário esportivo, particularmente em jogos de futebol, onde cada falta, simulação ou atitude antidesportiva pode influenciar o resultado final. As casas de apostas no Brasil, com a possível introdução do cartão azul, enfrentarão o desafio de ajustar suas ofertas e probabilidades para refletir essa nova realidade.

Ao adicionar uma nova punição entre o amarelo e o vermelho, os apostadores terão que reavaliar suas estratégias e análises de risco. Anteriormente, as apostas se concentravam principalmente na probabilidade de jogadores receberem cartões amarelos e vermelhos, mas agora com a possibilidade da criação do cartão azul vai requerer uma abordagem mais abrangente e complexa.

A reputação de confiabilidade é crucial para os apostadores, e é aqui que nomes respeitados como a FezBet entram em cena. Com sua sólida reputação e excelência em apostas esportivas, a FezBet oferece aos jogadores uma experiência segura e confiável, garantindo que suas apostas sejam tratadas com integridade e transparência. A possibilidade de mudanças significativas no mercado de apostas relacionadas a cartões torna ainda mais importante escolher uma plataforma confiável e respeitada para garantir uma experiência de apostas de qualidade e justa.

Essa nova dinâmica pode abrir espaço para novas oportunidades de apostas, como prever quantos cartões azuis serão mostrados em um jogo ou quais jogadores são mais propensos a serem alvo dessa penalidade.

Em última análise, caso o cartão azul seja aprovado não apenas transformará as estratégias de apostas, mas também poderá redefinir as expectativas e o comportamento dos jogadores em campo, já que agora enfrentam uma punição intermediária que pode afetar diretamente o resultado do jogo.

O mercado de apostas relacionadas a cartões tem sido uma parte significativa do cenário esportivo, especialmente em jogos de futebol. Com a possível introdução do cartão azul, esse mercado pode passar por mudanças significativas. O surgimento do cartão azul como uma penalidade intermediária entre o amarelo e o vermelho pode adicionar uma nova camada de complexidade e incerteza para os apostadores.

Será necessário considerar não apenas a probabilidade de um jogador receber cartões amarelos e vermelhos, mas também a possibilidade de serem mostrados cartões azuis. Isso pode afetar as estratégias de aposta, exigindo uma análise mais profunda do comportamento dos jogadores e das táticas das equipes.

Além disso, as casas de apostas terão que ajustar suas probabilidades e oferecer opções de apostas específicas para o cartão azul, o que pode gerar novas oportunidades de apostas e potencialmente alterar a dinâmica do mercado como um todo.

Conclusão

Em conclusão, a possível introdução do cartão azul no mundo do futebol não apenas poderá redefinir as normas do jogo, mas também impacta diretamente os mercados de apostas associados ao esporte. Essa possível adição oferece aos apostadores novos desafios e oportunidades, obrigando-os a recalibrar suas estratégias e análises de risco. Ao mesmo tempo, as casas de apostas enfrentam o desafio de adaptar suas ofertas para refletir essa mudança, o que pode abrir portas para uma maior diversificação e especialização nas opções de apostas disponíveis.

No entanto, enquanto a introdução do cartão azul levanta questões e incertezas, também representa uma evolução no esporte, buscando aprimorar a integridade e a justiça dentro de campo. Seja qual for o desfecho final dessa proposta, é inegável que sua eventual implementação trará consigo uma nova era de análises e estratégias tanto para os jogadores quanto para os entusiastas das apostas esportivas

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo