O Ceará manifestou intensa preocupação com o áudio circulado durante esta quarta-feira (3) e atribuído ao presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho. O mandatário teria afirmado que ingressos teriam sido confeccionados e disponibilizados para atender a demanda de filiados e parceiros da entidade, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos patrocinadores da Copa do Nordeste. A final do Nordestão será disputada às 211h no Estádio Adelmar da Costa Carvalho, a Ilha do Retiro, no Recife/PE.
O problema é que a capacidade de 26.345 pessoas da Ilha foi atingida por volta de oito horas depois do início da vendagem dos ingressos. Segundo o dirigente, para atender a pedidos, o estádio teria 40 mil pessoas e que o Sport deveria ter colocado a partida para ser realizada na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata/PE, cidade localizada na região metropolitana do Recife.
Siga o Esporte News Mundo no Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Koo e TikTok.
Após a repercussão, mesmo com divulgação de notas oficiais do Sport e da própria FPF, o Alvinegro de Porangabuçu enviou ofício à CBF e solicitou o adiamento e a mudança de local da decisão. Desde o início, o clube se manifestou contrário à realização do jogo na Ilha do Retiro por questões de segurança e das condições do gramado.
Clique AQUI e veja o ofício protocolado. Abaixo, leia a nota divulgada no site oficial do Ceará.
Na noite desta quarta-feira, 3, o Ceará enfrenta o Sport no segundo jogo da final da Copa do Nordeste 2023. Durante o dia, declarações do presidente da Federação Pernambucana de Futebol vieram à tona e citaram uma possível sobrecarga de ingressos para a partida, enumerando, inclusive, que havia sido praticada a venda de uma carga quase que 50% maior do que a capacidade da Ilha do Retiro, palco da partida.
Ao tomar conhecimento do fato e buscando minimizar a possibilidade de problemas para os torcedores que estarão presentes no confronto, o Ceará Sporting Club protocolou ofício junto à Confederação Brasileira de Futebol solicitando o adiamento da partida ou a mudança para um local que reúna as condições mínimas para a segurança dos envolvidos na partida.
Segue transcrição completa do referido áudio.
“Na verdade, a gente só conseguiu ter condições de atender hoje porque só a CBF pediu 100 ingressos, e a gente não pode deixar de atendê-la porque ela é a dona do evento. Então, seguramos os ingressos para ver os ingressos que a CBF queria, então, do que a gente tinha, tivemos que jogar para lá. Na verdade, a gente rodou ingressos, que a gente foi além da capacidade do estádio. Vai ter 40 mil pessoas no campo, apesar de só caber 26 (mil). Não tem jeito, porque a gente não consegue atender à demanda que tem. Eu expliquei à polícia que não tem o que fazer. O problema é que o Sport pega um jogo desses e, em vez de colocar na Arena, bota na Ilha, aí ‘f… todo mundo’. No Campeonato Pernambucano, a gente faz a festa, faz tudo organizado, se fosse na Arena, a gente fazia de novo, mas o Sport coloca na Ilha, aí ‘detona todo mundo’. A polícia está possessa porque ela diz que são 26 mil, mas nós vamos ter lá 40 mil. Não tem o que fazer, não temos como atender porque é gente demais para espaço de menos”.
