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Centenário celeste: De Palestra a Cruzeiro, escolha do mascote e hino; veja como tudo começou

Foto: Cruzeiro/Divulgação

O Cruzeiro completa 100 anos de existência no próximo sábado (2), em uma história que teve início antes mesmo do clube ser, de fato, nomeado como Cruzeiro. Isso mesmo. O time mineiro já teve outro nome, esse, também, bem conhecido, já que desde sempre a equipe faz questão de ressaltar suas origens italianas.  

Antes chamado de Palestra Itália, o Cruzeiro foi fundado em 2 de janeiro de 1921 a partir de um antigo sonho da colônia italiana de Belo Horizonte: fundar uma associação esportiva que a representasse. Foi então que, aproveitando a visita do cônsul da Itália na capital mineira, em dezembro do ano anterior, a ideia foi apresentada, dando origem ao Societá Sportiva Palestra Itália. 

Não por menos, na época, as cores escolhidas para representar o recém-criado time de futebol foram as presentes na bandeira italiana: verde, branco e vermelho. Assim, o primeiro uniforme do clube foi com camisa verde, calção branco e meias vermelhas, com detalhes em branco e verde. Após a fundação, veio o primeiro jogo. 

Em 3 de abril de 1921, apenas três meses depois de criado, o Palestra Itália entrou em campo, no estádio Prado Mineiro, para jogar contra um time formado por jogadores de dois times de Nova Lima, o Villa Nova e o Palmeiras. Logo na estreia, vitória por 2 a 0. Entretanto, a primeira partida oficial ocorreu contra o atual rival Atlético-MG. Na ocasião, o futuro Cruzeiro ganhou por 3 a 0. 

Em transição para a nomenclatura atual, em 1925, a cláusula que impedia a participação de atletas de outras nacionalidades no Palestra Itália foi extinta. Além disso, o nome do clube foi modificado, recebendo um “aportuguesamento”. Assim, o clube passou a se chamar Sociedade Sportiva Palestra Itália.  

Porém, as mudanças não pararam por aí e, em 30 de janeiro de 1942, em plena 2ª Guerra Mundial, o governo brasileiro proibiu, em decreto lei, o uso de termos e denominações referentes às nações inimigas. Naquele dia, o Palestra Itália passou a se chamar Palestra Mineiro. A ideia de transformar a equipe em uma entidade totalmente brasileira só chegou ao fim alguns meses depois, em meados de outubro. 

Isso porque, um mês antes, em setembro, a diretoria aprovou a nova mudança, dando ao clube o nome de Ypiranga. O time atuou apenas em uma partida com esse nome, já que em 7 de outubro, sócios e dirigentes aprovaram o novo e atual nome: Cruzeiro Esporte Clube. Uma homenagem ao símbolo maior da pátria, a constelação do Cruzeiro do Sul, nome sugerido pelo ex-presidente do time, Oswaldo Pinto Coelho. As cores adotadas foram, então, o tradicional e conhecido azul e branco. 

ESCOLHA DO MASCOTE: RAPOSA! 

Raposão, Raposinho e Raposona Salomé são os atuais representantes do clube Foto: Igor Sales/Divulgação

A Raposa como representação do time mineiro foi uma criação do chargista e professor Fernando Pieruccetti, conhecido como Mangabeira, em 1945. Mas por que uma Raposa? As características do animal – astúcia e rapidez – foram atribuídas, na época, ao presidente do clube celeste, Mario Grosso, conhecido pela esperteza nas negociações de jogadores. Assim, a Raposa se tornou o mascote do Cruzeiro Esporte Clube. 

Em 2003, o Raposão foi criado pra simbolizar o Cruzeiro. O mascote, então, desde então é acompanhado pelo Raposainho e pela Raposona Salomé – recém-criada em homenagem a torcedora ícone do clube Salomé. Todos eles são presenças marcantes em jogos, visitas sociais e eventos do clube.   

HINO… 

Até 1965, o Cruzeiro não tinha um hino oficial. Naquele ano, em iniciativa da Rádio Guarani, coube a Jadir Ambrósio fazê-lo. Segundo relatos do compositor contidos no livro O time do meu coração: Cruzeiro Esporte Clube, após ter recebido tal incubência, Jadir Ambrósio estava subindo a Avenida Afonso Pena e, em cinco minutos, letra e música estavam prontas. A diretoria, então, aprovou o hino. 

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