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CEO da Fórmula E faz comparação entre a categoria dos elétricos e a F1

Dirigentes da F-E (Foto: Flávio Perez | on Board)

O Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E desembarca pela segunda vez no Brasil neste sábado (16) com o E-Prix de São Paulo (SP).

A corrida será disputada no Sambódromo do Anhembi com 22 pilotos de 11 equipes e terá largada às 14h03.

A Fórmula E é facilmente comparada com a Fórmula 1 por ser uma categoria de monoposto e ter times igual à F1, mas o fator elétrico e a competitividade entre os participantes ajudam a F-E a ganhar cada vez mais fãs.

Só no Brasil são mais de 12 milhões que acompanham as corridas, um país que cada vez mais adere aos carros elétricos. Esses números foram comemorados por Jeff Dodds, CEO da Fórmula E, e por Alberto Longo, co-fundador do evento.

”Nós sabemos que os fãs amam a competitividade, e quando ela começa a desaparecer, a base de fãs diminui. Por isso temos o foco em manter o equilíbrio. Essa é outra diferença entre a Fórmula E e a Fórmula 1”,

O britânico Jeff Dodds desembarcou pela primeira vez no país e logo foi perguntado sobre a aposta que fez. O CEO prometeu doar mais de R$ 1 milhão se alguém tirar o título de 2024 da Fórmula 1 de Max Verstappen. 

Dodds apontou algumas semelhanças entre os dois mundiais da FIA, como similaridades dos designers dos carros. Mas obviamente, não deixou de apontar as principais diferenças entre os campeonatos.

”Dizem que na Fórmula 1 atual, o ponto de entrada mais baixo para um time é cerca de 1 bilhão de dólares. E uma vez que você conseguir entrar, você tem um custo de 140 milhões para disputar o mundial, além de salários dos integrantes do time, custos com motor, entre outros”.

”Na Fórmula E, o ponto de entrada para a categoria é entre 20 a 30 milhões de euros, e é necessário ter um caixa de 13,5 milhões de euros”, declarou o dirigente do Mundial de carros elétricos.

Nessa mesma linha, o espanhol Alberto Longo – já bastante frequentador do Brasil há décadas – destacou que a Fórmula E é mais inclusiva e muito mais em conta. Levar o nome de categoria carbono zero e mais sustentável do planeta enche de orgulho os organizadores.

Foi em 2014 que a ideia de fazer a F-E saiu do papel e está em sua décima temporada, com oito campeões diferentes. Já na F1 oficialmente, foi criada em 1950 pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e ultimamente vê supremacia de uma equipe e pouca alternância de posição.

”Há muitas similaridades entre as duas categorias. Os carros possuem aparências parecidas, e em alguns casos a semelhança é ainda maior. Mas, também há muitas diferenças, e uma delas é o custo. A Fórmula E preza por ser um campeonato inclusivo, e não exclusivo”.

Alberto Longo explica que durante o campeonato, o que difere os carros é o setup de cada time por meio do software e obviamente o talento de cada um dos 22 pilotos do grid, o que garante uma intensa disputa. 

Entre os campeões de Fórmula E, apenas o francês Jean-Eric Vergne conquistou duas vezes o título, na quarta e quinta temporada.

No hall dos campeões há dois brasileiros: Nelsinho Piquet, o primeiro vencedor da história do mundial de carros elétricos, e Lucas di Grassi, ganhador da terceira temporada e piloto com maior número de E-Prix disputados na categoria.

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