Olimpíadas
Cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio: confira o resumo
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Após, um ano de atraso, devido a pandemia de COVID-19, os Jogos Olímpicos de Tóquio estão oficialmente abertos. Sem fãs presentes e com um número reduzido de atletas participando do desfile, a Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Tóquio trouxe a mensagem “mesmo separados fisicamente, podemos estar conectados e celebrar as nossas diferenças.” O caldeirão da pira Olímpica foi aceso pela estrela do tênis Naomi Osaka.
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Pela segunda vez, recebendo os Jogos Olímpicos – a primeira foi em 1964 – a cerimônia de abertura de Tóquio, realizada na noite de sexta-feira (horário do Japão, manhã no Brasil), contou com fogos de artifício em cascata, várias coreografias e uso de tecnologia feitas para o público da TV diante de um estádio sem público.
No palco principal, elementos fizeram referência aos dois símbolos japoneses: o sol, que figura na bandeira do país, e o Monte Fuji. Em paralelo, o espetáculo buscava reafirmar o valor do esporte e dos Jogos Olímpicos, capazes de unir o mundo e trazer esperança para um futuro melhor.
Um marco nas cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos, a música de John Lennon, Imagine também esteve presente em Tóquio. Logo após o juramento olímpico feito por seis atletas, sendo três mulheres e três homens. A performance celebrou a inclusão e diversidade cantada no estádio pelo grupo musical japonês Suginami Junior Chorus e acompanhada, em vídeo gravado, pelos cantores Angelique Kidjo , Alejandro Sanz , John Legend e Keith Urban.
O evento também incluiu as tradicionais apresentações musicais e teatrais nipônicas, mas em menor escala do que os Jogos anteriores. Devido a pandemia, os contingentes de atletas no Desfile das Nações eram muito menores do que o normal, mas medley orquestral de canções de icônicos de jogos de vídeo games japoneses serviram de trilha sonora da parada e chamou atenção do público que acompanhava pela internet e pela TV.
Homenagens
Em meio a uma crise sanitária global, em função da pandemia de COVID-19, Tóquio também realizou uma homenagem às vítimas do coronavírus e do terremoto que atingiu o país 2011, antes do desfile das delegações. Com muitas lanternas um show de luzes saudaram as vitimas que partiram, conforme a tradição japonesa.
Além disso, em um quebra de protocolo do COI houve homenagem às vítimas do atentado terrorista de Munique, ocorrido nas Olimpíadas da Alemanha, em 1972.
Desfile dos Atletas
O desfile dos atletas começou pela Grécia. A anfitriã olímpica original foi a primeira a entrar. O Japão, como dona da casa, foi a última a desfilar. Ao todo 207 países presentes nos Jogos de Tóquio participaram da festa de abertura.
A lista de entradas dos atletas seguiu o alfabeto japonês. Destaques para os 35 atletas refugiados foram selecionados pelo Comitê Olímpico Internacional, com o apoio do ACNUR para representar os mais de 26 milhões de refugiados em todo o mundo.
Além do porta-bandeira de Tonga, Pita Taufatofua do taekwondo que roubou a cena no desfile dos países. O lutador de taekwondo nascido em Brisbane, entrou no estádio com um traje típico de seu país, sem camisa e com o corpo besuntado em óleo de coco .
Assim como o atleta de Tonga, o remador Rillio Rio Rii de Vanuatu foi segundo homem a aparecer sem camisa em Tóquio com o corpo coberto por um óleo.
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Jogos Olímpicos: Dificuldades devido a pandemia e um discurso de união
A primeira autoridade a discursar em Tóquio foi presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, Seiko Hashimoto. A representante da entidade falou sobre a paz, o amor, a compreensão e as dificuldades de encenar os jogos neste momento e agradeceu aos atletas por comparecerem ao evento.
Logo em seguida, o chefe do COI, Thomas Bach cumprimentou todos presentes antes do seu discurso e falou sobre esperança e solidariedade.
– Hoje é um momento de esperança. Sim, é muito diferente do que todos nós imaginamos, disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)- disse, Thomas Bach.
– Este é o poder unificador do esporte. Esta é a mensagem de solidariedade, a mensagem de paz e a mensagem de resiliência. Isso dá a todos nós esperança para nossa jornada futura juntos- continuou Bach.
Antes de declarar aberto os Jogos Olímpicos de Tóquio, Naruhito, o imperador do Japão, fez uma breve declaração reconhecendo os desafios que atletas e organizadores enfrentaram antes dos Jogos atrasados por um ano por causa da pandemia do coronavírus.
Naomi Osaka acende o caldeirão olímpico na cerimônia de abertura
A sensação do tênis japonês Naomi Osaka acendeu o caldeirão para as Olimpíadas de Tóquio na sexta-feira, assumindo um papel de prestígio em uma cerimônia de abertura no Estádio Nacional.
Nascida no Japão, filha de pai haitiano e mãe japonesa, e criada nos Estados Unidos, a jovem de 23 anos tornou-se uma voz importante para a igualdade racial e de gênero, apesar de sua relutância em entrar nos holofotes.
A tocha passou de um trio de lendas do beisebol japonesas, para um médico e enfermeira, para um atleta paraolímpico e um grupo de crianças de uma área no nordeste do Japão devastada por um grande terremoto e tsunami em 2011 antes de finalmente chegar a Osaka, que subiu uma escada para acender um caldeirão na forma do sol no topo do Monte Fuji.
Os últimos portadores da tocha incluem Yoshinori Sakai, que nasceu no dia do bombardeio atômico de Hiroshima, para as Olimpíadas de Tóquio de 1964 e lutou com o grande lutador Muhammad Ali nas Olimpíadas de Atlanta de 1996. Além de um grupo de atletas adolescentes nas Olimpíadas de Londres de 2012.
A quatro vezes vencedora do Grand Slam Osaka deveria estrear em Tóquio no próximo sábado (24), mas a Federação Internacional de Tênis confirmou que foi adiada um dia.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio também marcam o retorno de Naomi Osaka ao tênis, após sua retirada do Aberto da França em maio, quando ela revelou sua luta contra a ansiedade e a depressão.
Manifestantes realizam protestos contra as Olímpiadas
Enquanto acontecia a festa de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Estádio Olímpico de Tóquio, do lado de fora e nos arredores da arena manifestantes se reuniram para protestar contra o evento devido ao aumento de números de casos de COVID-19 no país.
A onda de protestos têm sido realizados em todo o Japão, desde o início da pandemia pedindo o cancelamento dos Jogos no país.
Na última quinta-feira (22), o Japão registrou 1.832 novos casos COVID-19. Esta é a sétima vez neste mês que o número ultrapassa a casa dos mil e pela quarta vez no ano está em estado de emergência.