Na manhã desta segunda-feira (24), no horário de Brasília, aconteceu a abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Com o tema “We Have Wings” – Temos Asas, o evento foi realizado no Estádio Nacional de Tóquio. A pira paralímpica foi acesa por três paratletas, fato inédito na história: Yui Kamiji, Shunsuke Uchida e Karin Morisaki. Assim como nos Jogos Olímpicos, não teve a presença de torcida nas Paralimpíadas e com um número reduzido de atletas participando do desfile, o Comitê Brasileiro foi composto pelos atletas Petrúcio e Evelyn, além de dois membros do estafe.
Neste Jogos Paralímpicos de Tóquio, terá o recorde de participantes. Vão ser 4.403 atletas, superando os 4.328 atletas que disputaram os Jogos do Rio 2016. A delegação do Brasil é a maior, tirando a do Japão, com 260 pessoas. Vale destacar que o Brasil conta em sua delegação pessoas sem deficiência como guias, cavalheiros, goleiros e timoneiro.
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ABERTURA E DESFILE
Tóquio é a única cidade que sediou as Paraolimpíadas de verão duas vezes. A primeira vez que a cidade foi sede, foi em 1964. Na cerimônia de abertura, teve início com a presença do Imperador do Japão, Naruhito, o Presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons e a Presidente do Comitê Olímpico Organizador de Tóquio, Seiko Hashimoto. A bandeira do Japão foi trazida por seis atletas, todos vestidos de brancos, e o hino do Japão foi cantado por Hirari Sato, uma estudante de música de apenas 12 anos, que nasceu com deficiência visual.
Inspirados nas engrenagens das máquinas, a apresentação de abertura dos jogos teve a na sequência a presença dos agitos paralímpicos que entraram no estádio flutuando. Os agitos são o símbolo das Paralimpíadas, um paralelo com os anéis olímpicos. Cada delegação que entrava no estádio, vinha com um vento diferente para tremular sua bandeira. A mensagem teve o objetivo de mostrar que cada país tem seu vento. A atitude vai de encontro com a mensagem dos jogos, “temos asas”, para inspirar a coragem dos atletas para abrirem suas asas “não importa para onde o vento sopre”.
Quem deu o início no desfile das Paralimpíadas, foi a delegação dos Refugiados. Os porta-bandeiras foram Alia Issa, do atletismo, e Abbas Karimi, da natação. Outro ponto, é que a bandeira do Afeganistão foi a quinta a entrar no estádio, mesmo o país não tendo atletas para participar dos Jogos. Já que com a situação política no país, os dois atletas classificados não conseguiram deixar o país.
A delegação do Brasil, teve Petrúcio, que é velocista da classe T47 (para amputados de braço), ele recordista mundial na categoria 100 metros masculino, Já Evelyn compete pela classe BC3 da bocha. Ambos conquistaram medalha de ouro em suas modalidades na edição da Rio-2016. O anfitrião dos Jogos, o Japão, foi a última delegação a entrar no estádio. Mami Tani, atleta do triatlo, e Koyo Iwabuchi, do tênis de mesa, foram os porta-bandeiras
APRESENTAÇÃO E DISCURSOS
A apresentação teve a presença de um Paraporto do Estádio Olímpico, onde foi apresentada a história da “A Pequena Monoasa”. Yui Wago é a atriz da performance para mostrar que todos podemos voar. Após a performance de Yui Wago representa um avião com apenas uma asas, ela tem o contato com seis novos aviões que pousam no estádio e se juntam à pequena monoasa. Cada avião representa uma dificuldade e com seu jeito único de voar, inspirando a monoasa. Que energia surreal.
Os dignitários subiram ao palco e fizeram os discursos das Paralimpíadas. Entre eles estavam o Presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons e a Presidente do Comitê Olímpico Organizador de Tóquio, Seiko Hashimoto.
A Presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio fala sobre os desafios da pandemia de Covid-19 e todo o trabalho para realização dos Jogos Paralímpicos. Além de falar sobre respeito mútuo e compreensão nesse momento que vivemos.
Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional abriu seu discurso, frisando a felicidade pelo trabalho realizado até chegar nesse histórico momento em Tóquio. “Não posso acreditar que finalmente estamos aqui, muitos duvidaram que esse dia aconteceria e muitos pensaram que seria impossível. Graças aos esforços de muitos, o evento esportivo mais transformador vai começar.”
O Imperador do Japão, Naruhito abriu os Jogos oficialmente. Seis atletas paralímpicos carregaram a bandeira do Comitê Paralímpico Internacional. São representantes de quatro continentes e dois representantes do país-sede. O colombiano, Fábio Torres, do halterofilismo, é o representante das Américas.
Os japoneses Shingo Kuneida (tênis sobre cadeira de rodas) e Rie Urata (goalbol) fazem o juramento dos atletas. Nobuyuki Azuma faz o juramento dos árbitros. Já Yumiko Taniguchi, faz o juramento dos técnicos.
A CHAMA PARALÍMPICA
O fogo, símbolo das Paralimpíadas, entrou no estádio de Tóquio, após serrem reunidas chamas acesas em cada uma das 47 prefeituras do Japão e em Stoke Mandeville, no Reino Unido, berço do movimento paralímpico em 1948.
Os primeiros atletas a carregar a tocha paralímpica no estádio de Tóquio são Kuniko Obinata, Masahiko Takeuchi e Mayumi Narita. Eles passaram a chama para funcionários da saúde do Japão: Taro Nakamura (médico), Tamami Tamura (enfermeira) e Fumio Usui (protesista).
Pela primeira vez na história, três paratletas acederam a pira paralímpica. Yui Kamiji (tênis sobre cadeira de rodas), Shunsuke Uchida (bocha) e Karin Morisaki (halterofilismo), subiram uma rampa para acender a pira e chama dos Jogos. Após a chama ser acesa, mais de mil fogos de artifício celebraram a chama para encerrar a cerimonia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio.