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Charles do Bronx relembra problema de saúde na infância quase o afastou das lutas

Charles do Bronx
Divulgação/Facebook Oficial UFC

Charles do Bronx terá neste sábado (15) a chance de, finalmente, conquistar um cinturão do UFC, duelando pelo título dos leves contra Michael Chandler. Uma trajetória que quase chegou a ser interrompida na infância por problemas de saúde.

Aos nove anos de idade, o lutador teve diagnosticada febre reumática e um sopro no coração, uma desconfiança iniciada após constantes dores nos calcanhares. A família do brasileiro lembrou ao Esporte Espetacular, da Globo, sobre o momento difícil e de que como chegou a ouvir que do Bronx nunca mais poderia andar por causa da doença.

— Começaram a fazer exame de um lado, de outro. Até que descobriram essa doença, no calcanhar. Mandaram esse exame para um laboratório em São Paulo, onde descobriram isso (a febre reumática) e o sopro no coração também. Através disso, ele passou a fazer tratamento e os médicos disseram que ele não poderia jogar mais bola, que ele ficaria numa cadeira de rodas. E a gente não aceitou isso. Jamais, meu filho voltaria a andar – afirmou a mãe de Charles, Ozana.

Foram dois anos de tratamentos e internações para Charles do Bronx conseguir se recuperar e poder voltar a fazer esportes. Ao entrar para o jiu-jítsu, achou o caminho que o levaria para se tornar o maior finalizador da história do UFC, e agora desafiante ao cinturão de uma das categorias mais disputadas da organização.

— Viemos de comunidade, minha mãe sempre nos botou no esporte com medo de que a gente fosse para o outro lado. Mais novo tive reumatismo nos ossos e sopro no coração. O médico me disse que eu não poderia fazer esporte, nem nada. Mas sempre tive fé, dizia a meu pai que eu preferiria morrer do que não fazer esporte. Iniciei no jiu-jítsu, depois um mês voltei e joguei a medalha na mesa do médico e ele perguntou ‘o que é isso?’. E a minha mãe disse ‘Ele foi campeão paulista de jiu-jítsu. Fiquei dois anos internado. Saía, ficava dois dias em casa e voltava – disse o lutador.

Por decisão do próprio lutador, aos 18 anos parou de fazer tratamento (feito a base de injeções) para se dedicar integralmente ao esporte, primeiro o jiu-jítsu e agora o MMA. Uma decisão que, ao seu ver e por tudo o que aconteceria depois, foi bastante acertada.

— Decidi largar tudo e focar no esporte. Falei com meu pai que, se fosse para morrer, que morreria feliz. Estou 100% feliz, não tenho mais nada. Foi a mão de Deus que me guiou. As pessoas falavam que a gente nunca iria ser ninguém e olha o que temos, tudo o que proporcionei aos meus pais. Já chorei bastante, ver todas as dificuldades que passei. Quando entro no cage, lembro de tudo e falo que posso, que sou o melhor e acontece – comentou do Bronx.

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