Campeonato Brasileiro

Clássico entre Fortaleza e Ceará tem luta contra o Z4 como principal ingrediente

Foto: Felipe Santos/Ceará

POR ARAÚJO NETO E DIEGO ARRUDA

Em jogo atrasado da 3ª rodada, Fortaleza e Ceará voltam a se encontrar nesta quarta-feira quase 4 meses depois do último encontro, no dia 05 de fevereiro, pela Copa do Nordeste. Com um expulso de cada lado, a partida daquele sábado terminou 1×1 e até aqui, foi o único Clássico-Rei da temporada. Agora, o momento é outro e o reencontro ganha ares de decisão.

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Com um início negativo no torneio, que já teve oito rodadas disputadas, os rivais estão no Z-4 do Brasileirão. Vitória no clássico, além dos três pontos, é aumento de confiança e apoio da torcida. Já a derrota, pode aumentar ainda mais a sangria, dificultando a saída da ”areia movediça” que levará sua vítima, à Série B. Vejamos como chegam as duas equipes para o confronto:

Fortaleza

Foto: Wagner Meier/Getty Images

Sem vencer e com apenas dois pontos conquistados em 21 disputados no Brasileirão, o Fortaleza vive o seu pior momento na temporada de 2022. Algo que contrasta bastante com sua campanha em outras competição como na Libertadores, onde está classificado para a segunda fase e enfrenta o Estudiantes/ARG, no Nordestão e estadual, onde foi campeão invicto dos dois torneios.

Assim, o que se pode notar é uma inconsistência do grupo no decorrer dessas competições. Na última rodada, o Leão encarou o Juventude no Castelão, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro, e não saiu do empate diante de sua torcida. Resultado esse que torna o clima dentro do Pici ainda mais tenso para o jogo de quarta-feira diante do Ceará.

O Clássico Rei será decisivo para a sequência do Tricolor na competição nacional. Por isso, uma vitória se tornou mais que essencial para uma reação o quanto antes. A cada rodada que passo a equipe se isola na lanterna da competição e hoje está há seis pontos para deixar a zona de descenso. Uma vitória num clássico pode ser a virada de chave para o Fortaleza nesse Brasileirão.

Para a partida, o Técnico Juan Pablo Vojvoda não conta com o Lateral/Zagueiro Tinga por problemas musculares. O camisa 2 do Leão convive com lesões em sequência na atual temporada. Por outro lado, tem o retorno de Titi, que não jogou contra o Juventude por conta de um procedimento odontológico.

Assim, o trio de zaga para esse duelo diante do Alvinegro deverá contar com Ceballos, Marcelo Benevenuto e Titi. O atacante Renato Kayser também faz tratamento no departamento médico e é outro que ficará de fora do jogo. Além desses, Vojvoda não possui mais desfalques no time titular e irá com força máxima para ganhar sua primeira na competição.

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Ceará

Foto: Ricardo Moreira/Getty Images

Depois de toda a crise causada pelas eliminações precoces, pressão da torcida e troca no comandando técnico, pode se dizer que este é o momento mais calmo do Vovô. Mesmo que esteja na penúltima colocação, com seis pontos, sendo apenas uma vitória, o torcedor Alvinegro entende a dificuldade do time. Vamos a explicação:

Sucesso em outras competições

Em paralelo a disputa no Brasileirão, o Ceará despachou o Tombense/MG, pela 3ª fase da Copa do Brasil, com muita tranquilidade. Na ida, mandou time misto e venceu por 2×0 fora de casa. Na volta, ampliou a vantagem no primeiro tempo e colocou mais reservas após o intervalo. Além da vaga para às oitavas, Dorival Júnior conseguiu dar mais rodagem a equipe e poupou titulares importantes.

Mas o Ceará não resgatou boa parte da confiança do torcedor com o desempenho em torneios nacionais, mas sim, pelo sucesso internacional. Pela Copa Sul-Americana, o Alvinegro venceu todos os seis jogos na fase de grupos e assim, fez a melhor campanha da história do torneio nesta fase. Conseguiu, portanto, uma inédita classificação, com direito a duas vitórias sobre o poderoso ”Rey de Copas”, como é conhecido o Independiente/ARG.

Tabela pesada

Se analisarmos a tabela do Ceará, neste início de Brasileirão, dá pra entender a dificuldade do time em pontuar. Em apenas sete rodadas, o Vovô teve quatro dos cinco paulistas. Venceu o Palmeiras em pleno Allianz Parque e ainda empatou fora de casa com Santos e São Paulo. Em casa, foi derrotado pelo Red Bull Bragantino. Além desses, enfrentou Botafogo e Flamengo e o Athletico. Os dois primeiros, foram na Arena Castelão. Derrota para o Alvinegro Carioca e empate contra o Rubro-Negro. Contra o Furação, o duelo foi no Paraná, com vitória do clube mandante.

Dor de cabeça na escalação

Desde o início do Brasileirão, Dorival Júnior tem como maior dificuldade, o excessivo número de desfalques. Além dos vários cartões vermelhos tomados por seus jogadores, o que mais preocupa é o Departamento Médico, sempre lotado. O número de atletas lesionados chegou a 10, sendo vários de nível titular, como Mendoza, Vina, Fernando Sobral, Bruno Pacheco, dentre outros.

Marcos Vitor, zagueiro joia da base, chegou a ser titular, devido as ausências de Messias e Luiz Otávio, além da necessidade de Lucas Ribeiro, outro zagueiro, precisar ser escalado como volante, por falta de peças.

Para o próximo jogo, por exemplo, Mendoza, principal nome da temporada, não jogará por motivo de suspensão. Bruno Pacheco, da mesma forma. Vina, outro nome de peso do elenco, é dúvida, já que terminou o último jogo sentindo a panturrilha.

Mesmo com tantas adversidades, o Ceará tem feito boas partidas, vendido caro suas derrotas, conseguindo empates importantíssimos e até mesmo vitórias históricas. Há o entendimento da torcida, que o logo logo, haverá uma recuperação natural no Brasileirão, que pode começar, justamente contra seu maior rival.

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