Neste sábado (7), o Comitê Olímpico internacional (COI) optou por expulsar dois treinadores da Bielorrússia, após forçarem a velocista Krystsina Tsimanouskaya a voltar para casa após críticas a sua comissão técnica.
Após uma investigação interna, o COI decidiu suspender as credenciais dos treinadores, como medida provisória e explicou que tem como objetivo defender o bem-estar dos atletas bielorrussos que ainda estão nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
– O COI não está em posição de mudar o sistema político de um país. Esta também não é nossa missão e não é nossa responsabilidade, isso é verdade para este caso e muitos outros assuntos. Nossa responsabilidade e nossa missão é proteger os atletas o máximo que pudermos. Então, sancionar ou manter fora dos Jogos aqueles que estão infringindo nossos valores-, declarou o presidente da entidade, Thomas Bach.
Os dois treinadores ainda poderão ser ouvidos pelo Comitê Disciplinar da entidade que foi criada para investigar o assunto.
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Entenda o caso
Na última semana, Krystsina Tsimanouskaya havia repreendido a Federação de Atletismo de seu país por obrigá-la a participar do revezamento 4×400 metros, já que havia se preparado apenas para das provas de 100 e 200 metros.
Segundo informações, a velocista foi retirada a força de seu quarto na Vila Olímpica e levada ao aeroporto para voltar a Minsk. Após ocorrido, Tsimanouskaya pediu a intervenção do COI que garantiu todo suporte necessário a atleta. Enquanto, o seu marido, Arseni Zdanevich, fugiu da Bielorrússia para a Ucrânia ao saber do problema da esposa no Japão.
Em coletiva de imprensa na Polônia, a velocista afirmou que a ordem para mandá-la de volta para casa veio de “alto escalão”.
Desde 1994, a Bielorrússia é liderada pelo autoritário Alexander Lukashenko, conhecido como “o último ditador da Europa”, e seu filho, Viktor Lukashenko é o presidente do Comitê Olímpico local.
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