Opinião

Com cinco substituições, o futebol torna-se ainda mais estratégico

Foto: Divulgação

A FIFA autorizou na última sexta-feira que as confederações de futebol mudem a regra de substituições para a sequência da temporada 2020. Por causa do excesso de jogos, devido à paralisação em virtude da pandemia do coronavírus, serão autorizadas cinco alterações por jogo. No Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai aderir à mudança. No entanto, é bom analisar o que muda no cenário futebolístico com relação aos times de grande referência e os clubes de menor expressão. Torna-se, verdadeiramente, um jogo de estratégia.

Os clubes, como ditos tradicionalmente, grandes poderão ao máximo explorar o seu elenco. Um time de alto rendimento e com grande investimento poderá manter o nível do futebol realizado nos estádios. No Brasil, temos exemplos como Flamengo, Palmeiras, Grêmio, São Paulo, que podem se destacar por conta desta alteração.

Apesar disso, o clube pequeno pode combater o adversário até a sua última cartada. Colocando como base as três substituições. Um jogador está machucado e precisa ser substituído, porém o treinador já fez todas as trocas. Com isso, o atleta pode permanecer em campo, mas sem as condições ideais ou sair de jogo, com a equipe ficando com um a menos. Porém, com esta nova alteração, o comandante terá a liberdade de fazer a substituição. Também explorando mais jogadores, tendo uma rodagem maior.

Agora, o time pode ser alterado em quase 50% dos jogadores que iniciaram a partida, para ser mais exato: 45,45% dos atletas podem ser substituídos. No outro modelo, apenas 27% do time poderia ser alterado. Isto mostra que a decisão do técnico tem que ser mais assertivo, porém há margem para erro. Mas a torcida, como sempre, não vai deixar barato.

Outro ponto também interessante é a formação da equipe. A mudança dentro do jogo pode ser drástica, caso a estratégia adotada inicialmente não dê o resultado esperado. Como dito anteriormente, é quase 50% do time alterado desde o apito inicial. A estratégia pode ser modificada, o que pode fazer a diferença tanto para os times grandes para os pequenos.

CONDIÇÕES:

Placa de substituição (Foto: Divulgação/Lamb)

Para que as cinco mudanças aconteçam durante os jogos, sem que se perca muito tempo, cada técnico poderá fazer no máximo três paradas durante a partida. Outro detalhe, é que em jogos com prorrogação – 120 minutos – uma sexta mudança também está autorizada. É bom ressaltar que as competições amadoras não entram na mudança, pois já permitem um número maior de substituições por jogo.

A mudança implementada é temporária e tem como principal objetivo “proteger o bem-estar dos jogadores”. Como os jogadores, em alguns países, poderão ficar mais de dois meses parados, existe uma preocupação com a preparação física dos atletas. Sendo assim, a possibilidade de mais substituições garantiria uma melhor gestão do desgaste de todos até que tudo se normalize.

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