As duas últimas vitórias do Flamengo, contra Cruzeiro e Vasco, respectivamente, se passam muito pelas escolhas de Tite e pelas atuações expressivas de Gerson. O meia, que chegou a ser convocado por Fernando Diniz para a Seleção, retomou o bom futebol e vem sendo um dos principais destaques do Rubro-Negro antes mesmo da chegada de Adenor ao Ninho do Urubu.
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Com Tite, Gerson passou a mostrar ainda mais sua versatilidade. No Mineirão, foi na inversão de posicionamento do jogador com Everton Ribeiro que o jogo começou a clarear para o Flamengo. O técnico colocou o camisa 20 mais aberto pela direita e o camisa 7 centralizado, próximo a Pedro. Depois disso, o time carioca se encontrou na partida e foi para o intervalo com 2 a 0 no placar.
Diante do Vasco, a mexida foi um pouco diferente, mas também envolveu Gerson. O meia começou pela direita e dividiu a responsabilidade da criação com Arrascaeta. Na segunda etapa, Tite promoveu as entradas de Luiz Araújo e de Ribeiro, mas manteve o Coringa em campo, só que desta vez pelo lado esquerdo. Por lá, o camisa 20 começou a jogada que terminou com ele mesmo finalizando na entrada da área.
Tite sabe que pode contar com Gerson em diferentes setores. Só em 2023, o meia atuou tanto como segundo volante, com Vítor Pereira, como também na ponta esquerda, com Sampaoli. Na entrevista coletiva após a vitória sobre o Vasco, o atual treinador justificou a mexida e ainda destacou a polivalência do jogador.
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– Nós tínhamos que fazer o equilíbrio entre neutralizar o adversário, o ponto físico e o técnico. Isso exigiu bastante atenção. Por isso a inversão de lado do Gerson. Porque o Gerson fazia aqui, antes era Payet e depois trazia o jogador de velocidade de lado. Por isso, não botei o Luiz Araújo no lado direito e botar o Everton porque eles têm jogada de combinação com o Wesley. O jogo exigiu muito – explicou Tite, que ainda completou:
– Gerson trabalhou em diferentes setores. Ele tem um domínio de posições. Na França, ele jogou pela esquerda, como meia, atacante. Pela direita, jogou com o Ceni. É um jogador que retém a bola na frente, ajuda no jogo apoiado. É moderno, versátil. Trabalha como segundo meio-campista também. Tem muita qualidade – concluiu.
Como mencionado, Gerson já vinha sendo destaque antes mesmo da chegada de Tite. O meia foi o autor do golaço do Flamengo no empate em 1 a 1 contra o Corinthians, na Neo Química Arena. Além das boas atuações, a fase é ilustrada também nos números: dos quatro últimos gols marcados pelo Rubro-Negro, o camisa 20 foi responsável pela metade, quantidade expressiva para quem também possui obrigações defensivas.
Fato é que a combinação de Tite na beira e Gerson dentro de campo deu resultado nos últimos dois jogos. As exibições contundentes do jogador já o colocam como pilar do time de Adenor, mesmo com o trabalho ainda embrionário. A versatilidade, como atributo especial, vem justificando o apelido de Coringa, pelo fato do mesmo, em 2019, ter dito que “joga em todas as posições”.
