Automobilismo

Com dois representantes no grid, Brasil tem história de sucesso na Fórmula E

Seis brasileiros já disputaram pelo menos um eprix na carreira, com dois deles entre os campeões

O Brasil é um dos países que pode se orgulhar de ter pilotos com títulos em quase todas as categorias consideradas mundiais para a FIA, a Federação Internacional de Automobilismo, e não é diferente no caso da competição mais nova, a Fórmula E.

Desde que Emerson Fittipaldi conquistou o primeiro mundial da história do país em 1972 ao ser campeão daquela temporada da Fórmula 1, o Brasil tem feito bonito. Foram mais sete títulos na F1, além da conquista do Mundial de Endurance com Raul Boesel em 1987, e é óbvio, os dois títulos conquistados por brasileiros na Fórmula E.

Mas no caso da Fórmula E, é preciso dar um destaque a mais na história do Brasil na categoria, a qual existe desde que a competição ainda era uma simples ideia, apresentada por Alejandro Agag e Alberto Longo (criadores da Fórmula E) ao piloto Lucas di Grassi.

Di Grassi foi o primeiro a fechar com a Fórmula E, e também quis o destino que fosse ele o primeiro a receber a bandeira quadriculada, ao vencer o eprix inaugural da competição, em Pequim. Se a primeira vitória foi brasileira, o primeiro campeão também é. Filho de um tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet Jr superou o compatriota Lucas di Grassi e o suíço Sébastien Buemi para ser o campeão do primeiro ano da Fórmula E.

Na terceira temporada, veio o segundo título brasileiro na categoria, desta vez com Lucas di Grassi. Aliás, o brasileiro é um dos principais nomes da categoria, já que detém diversos recordes, como o maior número de vitórias (13, empatado com Buemi), único piloto acima de 1000 pontos conquistados, único a ter disputado todos os eprix, e recordista de pódios (em números totais, e também pódios consecutivos).

No total, seis pilotos brasileiros já correram na Fórmula E. Nos dois primeiros anos, além de Nelsinho Piquet e Lucas di Grassi, Bruno Senna também disputou a competição de carros elétricos.

Bruno Senna e Nelsinho Piquet deixaram a Fórmula E e na quinta temporada, mais dois brasileiros entraram no grid: Felipe Massa (após 16 anos de Ferrari na Fórmula 1) e Felipe Nasr. No caso de Nasr, a passagem foi curta: apenas três eprix.

Já Felipe Massa ficou duas temporadas, e durante este período, conseguiu um pódio. Curiosamente, foi um pódio “do lado de casa”, no Principado de Mônaco, local onde o brasileiro reside.

O sexto brasileiro a correr na Fórmula E é o mineiro Sérgio Sette Câmara. Ele chegou na Dragon Penske para participar o Festival de Berlim, a bolha que a Fórmula E criou para poder definir a sexta temporada que havia sido interrompida por mais de 150 dias por conta da pandemia de COVID-19.

Após um bom desempenho, Sette Câmara conseguiu seguir na equipe norte-americana por mais duas temporadas, e apesar do carro de Jay Penske não ter colaborado na conquista de resultados significantes, o piloto mineiro conseguiu chamar a atenção das demais equipes.

Para a nona temporada, Sette Câmara vai correr pela NIO 333 Team, ao lado do britânico Dan Ticktum. Além dele, Lucas di Grassi será o outro representante do Brasil no grid da Fórmula E, como piloto da Mahindra Racing.

Além disso, o Brasil marca presença de outra forma nesta temporada da Fórmula E: pela primeira vez, o país vai sediar um eprix da categoria de carros elétricos. No dia 25 de março, São Paulo vai receber o Gen3, os carros da terceira geração do Mundial, em um traçado montado com o Sambódromo do Anhembi.

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