O Atlético de Madrid apresentou um futebol de resiliência dentro do Wanda Metropolitano para suportar a pressão dos portugueses do Porto e vencer o confronto por 2×1, a partida ainda contou com pitadas de emoção após cerca de 9 minutos de acréscimos, mas valeu a pena.
Um bom jogo aconteceu em Madri entre o Atlético de Madrid e o Porto pelo grupo B da Liga dos Campeões, em que pareceu um verdadeiro teste para o potencial ofensivo dos colchoneros diante de um Porto mais pragmático do que o normal.
No entanto, não parecia ser um bom dia para os craques do Madrid. Saúl e Morata pouco apareceram no primeiro tempo e a criação do setor, que é de responsabilidade de Koke, deixou a desejar. A formação tática de Diego Simeone para o time colchonero, em uma espécie de 3-1-4-2 não valorizou o potencial de pivô de Morata e acabou desaparecendo na marcação portuguesa.
Ousadias à parte, o Porto também não foi em sua forma mais tradicional para o confronto. O brasileiro Pepê foi mais uma vez sacrificado na lateral-direita e acabou fornecendo uma avenida para as subidas no ataque do Atlético de Madrid. O desenho desse jogo favoreceu João Félix.
O português foi o grande ponto positivo colchonero na parte ofensiva, conseguindo surpreender nas infiltrações e na quebra de linhas. Mas o grande jogador do primeiro tempo foi o goleiro Oblak, que realizou duas defesas muito difíceis.
2º tempo português
O segundo tempo começou mais favorável para o Porto, líder nos principais quesitos das estatísticas com uma posse de bola quase em 60% – 40% e com quase o dobro de finalizações que os espanhóis, os portugueses apostaram em uma marcação alta para tentar chegar ao gol.
O Atlético se defendia como podia, mas a falha nos erros de passes era assustadora. Apenas 80% dos passes conseguiam chegar ao seu destino, muito abaixo dos 89% que a equipe tem de média por temporada.
O Porto conseguiu sufocar o Atlético de Madrid até os 67′ quando por um milagre Oblak realizou duas defesas impossíveis após uma infiltração certeira de João Mário. Minutos depois, o goleiro salvaria os colchoneros ao tirar a bola dos pés de Tahrami.
A entrada de Griezmann fez com que o Atlético de Madrid tivesse mais confiança, porém, as linhas adiantadas do Porto faziam com que os meias errassem em profusão e fornecessem ataques sucessivos a defesa espanhola, que resistia com as defesas de Oblak e as interferências de Witsel, outro destaque da equipe de Simeone.
Aos 82, o Atlético de Madrid se viu em uma excelente situação na partida. Taremi do Porto, já estava amarelado e acabou sendo expulso após simular um pênalti.
Acréscimos eletrizantes
Poucas pessoas dentro do Wanda Metropolitano apostariam as suas fichas que o atacante Hermoso seria decisivo e talvez o nome da partida, tanto para espanhóis quanto para portugueses. O atacante que substituiu Morata aos 68′ apareceu pouco no segundo tempo, mas esteve vivo nos dois lances capitais da partida.
Aos 88′, os palmeirenses que acompanhavam a partida puderam matar a saudade de Gabriel Veron, que foi colocado para jogo no lugar de Galeno. Com 9 minutos de acréscimos, quis o destino que o gol da vitória saísse aos 91′ após a primeira jogada articulada do ataque colchonero.
Iniciada por De Paul e passando pelos pés de Côrrea, a bola chegou aos de pés de Hermoso aos 91′ que chutou uma bola mascada na canela de João Mário que enganou o goleiro Diogo Costa e abriu o placar para os espanhóis.
Mas não demoraria muito para os portugueses estragarem a festa, aos 96′, pênalti de Hermoso ao colocar a mão na bola. Uribe converteu para o Porto e empatou o jogo.
Porém, no último minuto da extensa prorrogação dada, Griezmann fez jus a fama de craque e finalizou após a bola sobrar em seus pés depois da falha de Pepe.
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