A tarefa de Mancini para escalar os onze titulares que irão enfrentar o São Caetano, neste domingo (14), às 19h (horário de Brasília), no estádio Anacleto Campanella, não será fácil. O treinador corinthiano tem 12 baixas em seu elenco que estão infectados pela Covid-19, além de outros 4 jogadores que se recuperam de lesão, e a principal dúvida para formar a equipe que enfrentará o Azulão está no meio-campo.
Sem poder contar com Cantillo — expulso na vitória sobre a Ponte Preta no última domingo (07) —, Camacho, Ramiro, Roni e Xavier, todos esses positivos para o Coronavírus – o comandante do Timão ainda não definiu quem será o companheiro de Gabriel – que acabou de se recuperar da infecção pelo vírus – na volância do Timão.
E essa decisão não é simples. Caso Mancini opte por não mudar todo o esquema tático do time, ele terá que improvisar um atleta de outra posição ou promover a estreia de um garoto ao lado do camisa 5 corinthiano. Pensando que o técnico irá manter o 4-2-3-1 que vem utilizando desde que assumiu o clube do Parque São Jorge, três prováveis opções aparecem para ele.
O zagueiro coringa
Bruno Méndez, desde que chegou ao Corinthians em fevereiro de 2019, vem buscando seu espaço no time titular do Timão. Para tentar ajudar nesse processo, o uruguaio se mostrou apto a atuar improvisado em diferentes posições.
Nestes dois anos no clube do Parque São Jorge, o zagueiro já jogou diversas vezes na lateral-direita e, na última partida contra a Macaca, até “quebrou o galho” jogando do lado esquerdo da defesa. Agora, Mancini poderá acreditar em sua velocidade e intensidade de jogo, além da polivalência, para improvisá-lo como primeiro volante, fazendo com que Gabriel atue um pouco mais avançado, como segundo homem de meio-campo.
A contrapartida dessa escolha voltaria a ser a lateral esquerda. Com Fábio Santos e Lucas Piton positivos para a Covid-19, e Méndez no meio-campo, Mancini muito provavelmente teria que promover a estreia de Guilherme Biro, jovem de apenas 16 anos, como titular.
Nova chance para Araos?
Pensando que o técnico corinthiano dará sequência a Bruno Méndez improvisado na lateral-esquerda, surge uma nova oportunidade para Ángelo Araos tentar se firmar como uma opção de Mancini. Desde que desembarcou no Brasil em meados de 2018, o chileno não conseguiu ter uma grande sequência de jogos e até já gerou certa dúvida sobre qual seria a sua posição preferencial para atuar.
Quando chegou ao Corinthians, Araos era visto pelo então técnico, Osmar Loss, e posteriormente, por Jair Ventura, como segundo volante, posição que deverá atuar contra o Azulão, caso seja selecionado por Mancini. Em 2019, sob os comandos de Fábio Carille, o meia ainda era utilizado, em raras oportunidades, como um camisa “8” e acabou sendo emprestado para a Ponte Preta até o final daquele ano .
Somente com a chegada do técnico Tiago Nunes, no início de 2020, Araos — depois de atuar bem pelo Chile no Pré-Olímpico da Colômbia — deixou claro para a comissão técnica que preferia atuar mais próximo do gol, como um meia armador.
Hoje, o chileno concorre diretamente com Cazares e Luan por uma vaga no time e, muito por conta disso, vem somando poucos minutos em campo, apesar de ter tido uma curta sequência de partidas no Brasileirão 2020, começando 12 jogos como titular, chegando a marcar um gol e dando 4 assistências.
Agora, depois de ter deixado a posição de segundo volante para trás, Araos volta a ter esse “percalço” em seu caminho e essa poderá ser a última chance para, mesmo fora da sua zona de conforto, provar seu valor a Vagner Mancini.
Ex-joia do Terrão
Camisa 10 e capitão do time sub-20 do Corinthians no ano passado, Vitinho também está na briga pela vaga na equipe titular e poderá fazer sua estreia com a camisa corinthiana. Recém-recuperado da Covid-19, o meia voltou a treinar com o grupo na última quarta-feira (10) e, logo de cara, pode receber uma chance de ouro.
No futebol de campo do Timão desde os dez anos de idade, Vitinho não é um total desconhecido da Fiel Torcida. Aos 16 anos, o garoto chamou a atenção do Manchester City, que o chamou para um período de testes na Inglaterra. Já visto como uma joia nas categorias de base, o jovem quase acabou ficando na Europa sem nenhuma compensação financeira para o clube do Parque São Jorge, e esse imbróglio acabou ganhando os holofotes.
No final das contas, Vitinho retornou ao Brasil e fechou contrato profissional com o Corinthians. Desde então, o meio-campo disputou quatro “Copinhas” e mudou de posição. Antes, o jogador atuava como meia-atacante aberto e, agora, define-se como um meia articulador, que gosta de ter a bola no pé e dar assistências.
No esquema de Carlos Leiria e Dyego Coelho, técnicos do meia em 2020, Vitinho atuava como um segundo homem de meio-campo, apesar de levar a 10 às costas. A diferença é que esses treinadores usando um sistema com três zagueiros e, assim, o jovem não tinha tantas preocupações com a parte defensiva.
Em termos de posicionamento e familiaridade com a posição, Vitinho provavelmente seria a escolha mais segura para Mancini escalar no domingo (14), porém, a inexperiência pode pesar contra o jovem de 21 anos. O que resta é esperar para ver como o técnico corinthiano resolverá essa questão.
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