Há exatos três meses, a Juventus sofria uma punição pesada: praticamente todos os dirigentes afastados por alguns meses das atividades esportivas e 15 pontos deduzidos na tabela de classificação do Campeonato Italiano. A penalização, determinada pela Corte Federal de Apelação da Federação Italiana de Futebol (FIGC, em italiano) ao acatar pedido da Procuradoria Federal, era determinada pelas acusações de fraude fiscal, com a adulteração de registros a fim de apresentar os balanços financeiros em ordem e não correr risco da suspensão da licença das atividades.
Como sinalizado na ocasião por meio de comunicado oficial, o clube informou que iria recorrer e entrar com recurso no Colégio de Garantia do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) por não concordar com a decisão. Assim aconteceu e, nesta quinta-feira (20), a Velha Senhora foi bem-sucedida em parte das punições. O colegiado determinou a recuperação dos 15 pontos na Serie A, bem como alguns dirigentes tiveram suspensões retiradas. A decisão ainda não é definitiva, mas traz um alívio imediato ao clube, que retorna à zona de classificação às competições europeias.
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A corte avaliou a forma, não o mérito da questão. Dentre alguns aspectos, não aceitou o fato da dedução na tabela ser de 15 pontos quando a previsão para as irregularidades era de nove pontos. Com isso, o Colégio de Garantia devolveu o caso para a segunda instância, no caso, a Corte Federal de Apelação da FIGC, que terá um prazo de 15 dias a partir do recebimento da decisão para definir a data do novo julgamento do caso. A indefinição no momento ocorre com respeito ao período de punição, se a Juventus, em caso de punição, terá que cumpri-la na atual ou na próxima temporada.
Com os pontos recuperados, os bianconeri sobem ao terceiro lugar, com 59 pontos ganhos, a dois da vice-líder Lazio e a 16 do Napoli, no topo do calcio. Além disso, as suspensões de Enrico Vellano, Pavel Nedvěd, Paolo Garimberti, Assia Grazioli Venier, Caitlin Mary Hughes, Daniela Marilungo e Francesco Roncaglio também ficam anuladas e retornam para a segunda instância. Em contrapartida, Agnelli, Paratici, Cherubini e Arrivabene tiveram as penas mantidas e seguem afastados do futebol mundial, uma vez que a Uefa e a Fifa aceitaram pedido da FIGC para que os dirigentes não exerçam quaisquer atividades relacionadas ao esporte em caráter global.
Veja as mudanças com a decisão do Colégio de Garantia do Coni
- Juventus – recupera os 15 pontos perdidos na tabela de classificação da Serie A 2022-23;
- Pavel Nedvěd, Enrico Vellano, Paolo Garimberti, Assia Grazioli Venier, Caitlin Mary Hughes, Daniela Marilungo e Francesco Roncaglio – suspensão de atividades relacionadas ao futebol por oito meses retirada até segunda ordem;
- Fabio Paratici – suspensão de atividades relacionadas ao futebol em escala global por 30 meses (dois anos e meio) mantida;
- Andrea Agnelli e Maurizio Arrivabene – suspensão de atividades relacionadas ao futebol em escala global por 24 meses (dois anos) mantida;
- Federico Cherubini – suspensão de atividades relacionadas ao futebol em escala global por 16 meses (um ano e quatro meses) mantida.