O atacante Jô está completando 34 anos de idade neste sábado (20). São quase duas décadas no futebol profissional, sem mencionar o período na base, e várias histórias vivenciadas pelo jogador do Corinthians nesse período. Agora mais experiente, a cria do Terrão está na terceira passagem pelo time de Itaquera e com um status completamente diferente das outras oportunidades.
Mesmo não vivendo um dos melhores momentos pelo alvinegro, o atacante defende marcas importantes no clube e é considerado um dos líderes do elenco. O ponto alto de todas as passagens do atleta pelo Timão foi em 2017, quando comandou o time dentro das quatro linhas na conquista do heptacampeonato brasileiro, terminando a competição como artilheiro e melhor jogador.
Ainda no início da temporada, o atacante vive um período de turbulência dentro e fora de campo. O desempenho não tem agradado a Fiel Torcida, tendo marcado apenas um gol em quatro partidas, além da forma física longe do esperado e baixo rendimento. Isso sem mencionar as polêmicas extracampo, como o episódio da visita a um resort na região metropolitana de São Paulo em plena pandemia de Covid-19.
Carreira do atacante é cheia de altos e baixos
Pode se dizer que Jô é um dos jogadores mais subestimados do futebol brasileiro. Isso porque o camisa 77 é constantemente lembrado pelas passagens ruins com a camisa do Manchester City-ING, sendo considerado uma das piores contratações da história do grande inglês. Mas é preciso ressaltar que tem um motivo para ele ter chegado ao clube que hoje é uma potencia no mundo da bola.
Primeiro é preciso falar sobre a primeira passagem do atacante pelo Corinthians, ainda no ano de 2003, lançado ao profissional por Geninho, no dia 19 de julho, em uma partida contra o Guarani pelo Campeonato Brasileiro. A entrada de Jô no segundo tempo garantiu o recorde de jogador mais jovem a defender o Timão, com apenas 16 anos, três meses e 29 dias. Posteriormente foi superado pelo zagueiro Lucas Belezi, em 2019, que estreou com 16 anos, um mês e 21 dias.
Começou a ganhar destaque no ano seguinte, quando o time sofria com contratações de qualidade duvidosa, inclusive foi nessa temporada que surgiu o histórico “pacotão maldito”, composto por Rincón, Adrianinho, Rodrigo Beckham, Samir, Julinho, Dinélson e Rafael Silva. Fez boa dupla de ataque com outra cria do clube, o atacante Gil, destaque da equipe na época.
Terminou o ano com dez gols marcados e, com apenas 17, se tornou artilheiro do Corinthians em uma temporada. Inclusive se destacou anotando em partidas importantes, como no clássico contra o Palmeiras, pelo Brasileirão daquele ano.
Em 2005, com todas as contratações da MSI, perdeu espaço na equipe titular, mas ainda era bem acionado como reserva ou em uma eventual ausência dos titulares Nilmar e Tevez. Lembrando que na época ele não era propriamente um centroavante, atuando com mais frequência pelos lados do campo. Participou da campanha do tetracampeonato brasileiro anotando quatro gols.
Logo na sequência foi negociado com o futebol russo, para atuar no CSKA Moscow. Rapidamente conquistou o país do Velho Continente e se tornou destaque da equipe com apenas 19 anos, formando dupla com o ex-corintiano Vagner Love. O desempenho pelo time do leste europeu impressionou: 47 gols em 84 jogos, o que fez chamar atenção dos gigantes ingleses.
Foi então que apareceu o Manchester City-ING, que desembolsou mais de R$ 60 milhões para contar com jogador de 21 anos. Não correspondeu à altura e acabou emprestado para Everton-ING e Galatasaray-TUR nas duas temporadas posteriores. Ganhou nova oportunidade nos Citizens entre 2010 e 2011 e novamente não caiu nas graças do gigante.
Com apenas 24 anos, retornou ao Brasil para defender o Internacional, assinando por quatro anos. No colorado não desempenho o mesmo futebol da época de Corinthians e CSKA e rapidamente caiu na desgraça com a torcida local. Em 2017, o próprio atleta revelou que passou pelo pior momento da carreira no clube gaúcho.
“Eu realmente me perdi quando voltei ao Brasil, na passagem pelo Internacional. As coisas não andavam bem fora de campo, brigava muito com minha esposa. Foi o pior momento da minha vida pessoal e da minha carreira como profissional”, revelou o atacante ao programa Bem, Amigos!, do SporTV.
Após casos de indisciplina, Jô saiu do Internacional para fechar com o Atlético-MG. O clube de Belo Horizonte marcou uma mudança radical na carreira do jogador. Poucas semanas após sua contratação, o Galo anunciou o acordo com Ronaldinho Gaúcho. Sob comando de Cuca, o alvinegro mineiro despontou no Campeonato Brasileiro e brigou até as rodadas finais com o Fluminense, que acabou levando o título.
No ano seguinte, o time mineiro repatria o ídolo Diego Tardelli, enquanto o garoto Bernard começa a ganhar mais experiência. O quarteto estava formado, adicionando Ronaldinho Gaúcho e Jô. Essa equipe fez história na Copa Libertadores da América, conseguindo reverter placares complicados em diversas oportunidades. O Atlético-MG conquistou seu primeiro e, até o momento, único título do torneio amassando os outros times no estilo “Galo Doido”.
As boas atuações com a camisa do Galo renderam convocações à Seleção Brasileira, comandada por Luiz Felipe Scolari, o Felipão. Conquistou a Copa das Confederações como reserva de Fred, derrotando a poderosa Espanha na grande decisão, por 3 a 0. Garantiu uma vaga na Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, e fez parte do elenco derrotado pela Alemanha, por 7 a 1. O corintiano até atuou como titular na decisão de terceiro lugar, diante da Holanda.
Saiu de Minas Gerais para atuar no Emirados Árabes Unidos e China, vestindo as camisas de Shabab Dubai e Jiangsu Suning, respectivamente. Retornou ao Corinthians em 2017, como já falamos, para liderar o clube na conquista do heptacampeonato brasileiro. Cabe ressaltar que o jogador chegou meses antes, ainda em 2016, desacreditado e com forma física bem longe do ideal.
Após um ano no clube de Itaquera, o centroavante foi negociado com o futebol japonês, para atuar no Nagoya Grampus, onde também teve relativo sucesso. Retornou ao alvinegro no ano passado e agora tenta provar mais uma vez que ainda pode render como atleta profissional. Ao todo são 217 partidas pelo Corinthians e 52 gols marcados.
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