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Corinthians enfrenta um dos times menos criativos do Brasileirão; veja os números

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Nesta quarta-feira (02), o Corinthians enfrenta o Goiás fora de casa pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Os dois times estão próximos na parte de baixo da tabela – o paulista em 16° e o goiano em 18°. Além da similaridade na classificação, ambos vêm encontrando problemas defensivos, de diferentes tipos. O Goiás, entretanto, se mostra uma equipe pouco criativa.

Um dos principais pontos negativos do Corinthians é a sua transição defensiva. A zaga exposta e com constantes buracos rendeu três gols semelhantes nos últimos três jogos. O contra-ataque do Goiás, por sua vez, também não foi tão bem acionado até aqui. Além disso, o time da casa tem mostrado dificuldades com a bola no pé.

Dois extremos com a bola

O Corinthians é o quinto time com mais posse de bola no Campeonato Brasileiro, segundo dados do SofaScore. Com 53.5%, só fica atrás de Flamengo, Athletico-PR, Atlético-MG e São Paulo. O Goiás, por outro lado, é o lanterna no quesito, com rasteiros 34.5%. E isso se traduz na quantidade de passes por jogo. O Timão acerta uma média de 435 em cada partida, quase o dobro do Goiás (230).

A equipe de Glauber Ramos aposta mais nas jogadas individuais, como evidenciado nas estatísticas de dribles – é o sexto time com mais dribles bem sucedidos por jogo (12). O Corinthians é o 19°, com apenas 6.6. Ainda assim, a criatividade coletiva segue em baixa: nenhum dos seus cinco gols saiu de contra-ataques ou jogadas organizadas.

Em contrapartida, no lado defensivo, dois dos seis gols que o Goiás sofreu foram resultados de jogadas bem construídas. Coisa que o Corinthians almeja ao longo dos jogos: criar superioridade numérica no meio e atacar com posicionamento organizado. Mas é justamente essa pressão ofensiva que deixa o alvinegro desprotegido, o que ocasionou em 66% dos gols sofridos pelo Timão serem de chutes de longe ou contra-ataques.

Adversário pouco agressivo

Segundo levantamento do WyScout, o Goiás é o terceiro time com menor pressão na defesa. Isso quer dizer que a equipe permite que o adversário troque muitos passes ao longo da sua jogada no ataque. Em média, quem joga contra o Goiás dá 14.35 passes por ação ofensiva. É, inclusive, uma das equipes menos agressivas para roubar a bola. Por mais que tenha bons números de desarmes, a grande maioria é no seu campo de defesa (54%). Apenas 10% das bolas recuperadas do time são no último terço.

Um dos problemas do Corinthians contra o São Paulo, na derrota da última rodada, foi justamente a pressão alta exercida pelo Tricolor. A tendência é que isso não ocorra contra o Goiás, e o Timão pode ter mais liberdade para criar diante de um adversário retraído.

E a falta de criação é o ponto baixo do time goiano. Durante o Brasileirão até aqui, era esperado que a equipe marcasse três gols, segundo a estatística avançada de gols esperados no ataque (xG). Isso quer dizer que o Goiás marcou dois gols a mais que o esperado, ou seja, leva pouco perigo durante as partidas e contou com outros fatores para marcar (tem um gol de falta a favor, por exemplo). É, ainda por cima, o pior xG do campeonato, que tem média de 6.45.

Disparidade nas defesas

Por mais que o saldo do Goiás seja negativo (-1), as estatísticas mostram que a desproteção da defesa não é, de todo, gritante. É o caso do Corinthians. Os números de gols esperados na defesa (xG defensivo) do time goiano são equilibrados – por mais que ruins. Dos seis gols que tomou, o xG defensivo da equipe é de 5.6, ou seja, dadas as ações ofensivas do adversário, era esperado que o Goiás levasse de cinco a seis gols até aqui.

O Corinthians, por outro lado, se encontra em situação mais complicada. Sofreu sete gols no Brasileirão até então, mas o xG defensivo dos comandados de Tiago Nunes é de espantosos 10.37, o maior número da competição. Isso ilustra como Cássio tem sido providencial para impedir os ataques adversários, uma vez que o Corinthians sofreu, aproximadamente, três gols a menos que o esperado. Mostra, também, como as ações ofensivas dos oponentes são sempre perigosas, dados os problemas defensivos que o alvinegro enfrenta.

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