Nas últimas semanas, os nomes de Lisca e Cruzeiro estiveram muito interligados. Representando o América, o treinador enfrentou a Raposa pela semifinal do Campeonato Mineiro. Durante o confronto, provocações foram feitas por ambas as partes, tendo o técnico alviverde expulso na partida de ida da decisão. Em controvérsia aos aflitos, durante uma entrevista, Lisca afirmou sonhar em comandar algumas equipes, uma delas, o Cruzeiro.
– Um [clube] assim é difícil de falar: o Santos (…), o Cruzeiro também. Quando o presidente [Sérgio Santos Rodrigues] me ligou, de tardezinha, eu me tremi todo: ‘Aí, meu Deus do céu, um sonho de vida’. E tu não pode ir, tu tem que dizer não ainda, sabe? É muito complicado – afirmou o treinador para o Canal Pilhado, do jornalista Thiago Asmar.
Durante a conversa, Lisca contou mais sobre os detalhes da proposta feita pela Raposa. A equipe estrelada buscava um treinador para repor o lugar deixado por Ney Franco. Naquele momento, o clube estava colocado na 19ª posição, com apenas 12 pontos em 15 rodadas.
– Foi ano passado, mas o Cruzeiro, quando me fez o convite, tinha 1% de chance de acesso. Então, cara, eu disse: ‘Trabalhar em um gigante, como você [Thiago Asmar] falou, é um sonho de qualquer profissional’. Mas se você for analisar, eu estava no América com quase 18 pontos a mais que o Cruzeiro na Série B. O presidente Sérgio foi bem claro comigo, e eu agradeço a ele por isso. Ele falou: ‘Lisca, nós vamos fazer um contrato de dois anos, mas, se você não conseguir o acesso nesse primeiro, não vai ter como ter sequência’. Aí eu pensei, né, Thiago: ‘Eu vou para um clube que tem 1% de chance de acesso? É muito difícil’.
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Lisca disse não ter aceitado a proposta celeste por ter um compromisso com o América, afirmando ser “o convite certo na hora errada”. Além de seu vínculo com o Coelho, o treinador contou que não era capaz de suportar a pressão de contar à torcida o projeto de se manter na Série B em 2020 e pensar no acesso apenas em 2021, assim como fez Felipão.
– Pra mim, o Cruzeiro tinha que pensar primeiro em permanecer na ‘B’, para depois pensar em alguma coisa. Eu não tenho estofo pra falar isso para o torcedor. Eu não posso chegar e dizer: ‘Gente, eu vou sustentar o time, para no ano que vem, fazer um trabalho’. Tanto que o Felipão foi, e era o único que poderia falar isso. Falou, e a torcida aceitou, mas, no ar de convívio comigo, o Felipão não está mais aqui no Cruzeiro. Ele não conseguiu fazer a sequência de trabalho que queria, porque o nosso futebol é: ‘Tu não conseguiu o objetivo? O Cruzeiro não subiu? Não tem muita justificativa!’.
Desde que assumiu o América, Lisca leva larga vantagem nos confrontos diretos com a Raposa. São quatro vitórias alviverdes, um empate e uma vitória celeste. Além dos triunfos, o treinador ainda eliminou a equipe estrelada, na semana passada, pelo Estadual.
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