O Cruzeiro avançou em sua possibilidade de retornar a mandar partidas no Mineirão. Em reunião nesta quinta-feira (20), por representantes do clube, da Minas Arena, do Governo estadual e da Assembleia Legislativa, a atual administradora admitiu buscar atender parte dos pedidos da Raposa, para o retorno do clube ao Gigante. A informação foi antecipada pelo portal Deus me Dibre.
Ainda segundo informação do jornalista Samuel Venâncio, a expectativa seria um contrato de três anos entre a Raposa e a administradora do Mineirão, com intermediação do governo estadual e possíveis benefícios de maneira progressiva.
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Após a reunião, uma coletiva de imprensa foi realizada no local, na Cidade Administrativa. O diretor da Minas Arena, Samuel Llyod, abordou que a proposta atual está abrangendo os pedidos feitos pela diretoria celeste e o fechamento do contrato dependeria de uma ‘análise jurídica’. Anteriormente, o diretor tinha um discurso de ‘não abrir mão’ das condições atuais entre os clubes com o estádio.
– Cedemos, basicamente, os grandes pedidos do Cruzeiro estão nessa proposta. Basta uma análise jurídica para fechar. Essa flexibilização precisa de uma análise. A gente precisa seguir as regras do direito público.
Em seguida, o CEO do Cruzeiro SAF, Gabriel Lima, assumiu avanço no fechamento do novo contrato entre a instituição e o consórcio. Apesar de confirmar o possível acordo, Gabriel abordou que ainda ocorrerá outras questões a serem tratadas, antes do acordo ser firmado. O CEO é um dos responsáveis diretos pelas tratativas, após a série de conflitos entre Cruzeiro e Minas Arena, que levou ao rompimento das negociações no começo do ano.
– Até dia 28, é a data proposta para um acordo definitivo. Houve avanços, mas ainda há questões a serem analisadas. Depois do acordo 100% firmado, vamos divulgar e dar transparência (ao contrato). (…) Não tem julgamento de valor. O que a gente busca é um respeito ao Cruzeiro e o que ele representa ao Mineirão. Um passo foi dado. (…) A gente já tem as datas que possivelmente poderíamos jogar.
Outro representante presente na reunião, foi o Deputado Estadual Professor Cleiton (PV), autor do requerimento que solicita abertura de CPI na ALMG, para investigações em possíveis irregularidades do contrato entre o consórcio, com o governo de Minas Gerais. Cleiton evitou qualquer vínculo direto na conversa e falou com tom de ‘revisão’ sobre a CPI.
– A gente tem que separar as coisas. Estamos representando a ALMG. O que fizemos aqui foi uma conquista. (…) Quanto à CPI, passada a discussão, vamos retomar esse diálogo e entender o que é melhor para o interesse público.
O clube ainda possui, em vigência, um termo de compromisso junto ao América MG, para mando de jogos no Estádio Independência, tendo que cumprir um mínimo de 18 jogos a serem feitos na Arena. Com um possível acordo, o clube poderá variar seus ‘mandos de campo’ em Belo Horizonte, ao longo do ano.