Cuca detalha conversa com Hulk, explica situação de Nacho e não descarta assumir Seleção Brasileira

Foto: Pedro Souza/Atlético

Já de férias após a maior temporada da história do Atlético-MG – clube conquistou o Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro em 2021 –, o técnico Cuca falou sobre a situação inicial de Hulk, ainda no início do trabalho, parte física de Nacho Fernández e o sonho de assumir a Seleção Brasileira.

Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN, o treinador do Atlético comentou como foi o início de trabalho com Hulk. O jogador, que posteriormente viria a ser o grande destaque do futebol brasileiro em 2021, começou com baixo rendimento e polemizou publicamente por não ganhar minutos como titular do clube, ainda no Campeonato Mineiro.

O jogador, após a vitória diante do Athletic, por 1 a 0, no Campeonato Mineiro, falou ao vivo que gostaria de ganhar mais minutos para ter confiança e melhorar o desempenho em campo. Ainda citou o técnico Cuca, dizendo que não tem uma sequência de jogos para conquistar ritmo de jogo.

Cuca explicou como tinha iniciado a conversa com ele antes da polêmica declaração e como foi a relação após esta situação. Segundo o comandante, houve uma conversa particular para entender os pontos de vista e deixar as mágoas de lado.

– Quando eu chego no clube, eu pergunto para o Hulk a posição onde ele se sente melhor em campo e se ele faz mais alguma função. Depois eu iria começar a avaliá-lo a partir dali. Falei com ele que não o conhecia, só via jogar no Porto e na China, mas eu queria explorar o potencial e colocar ele mais próximo do gol. “Vou te treinar em uma função de 9 mais móvel, sem ser a referência, por eu acho que pelo lado, especialmente no Brasil, você vai ter um desgaste maior.” Ele disse que gostava de jogar mais pela direita, mas aceitou. Aí depois ele se manifestou que precisava jogar mais e de mais minutos. Eu falei que iria dar mais jogo, quando eu tivesse a confiança necessária de colocá-lo como titular, que na época eu não tinha. Houve a nossa conversa particular também, olho no olho, onde ele passou o sentimento dele e eu o meu. Depois eu comecei a treinar ele como falso 9, ele desenvolveu muito bem.

O treinador do Atlético ainda falou sobre a rotina de treinamento de Hulk e como ele inspira outros jogadores do elenco para seguir com o comprometimento e profissionalismo com a parte física.

– Eu entendi que é um jogador que tem que treinar todo dia, o Hulk não tem pós-jogo, ele treina depois da partida, se cuida muito. É um baita profissional. Eu entendi depois que ele era um jogador que não precisava ficar fora, ele jogou 68 das 75 partidas e ainda ficava bravo de sair dos jogos faltando 10 minutos, porque é um fominha. É um estilo dele. Tem que tirar o chapéu para um cara de 35 anos ter esse vigor físico, esse profissionalismo que contagia os outros.

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SITUAÇÃO DE NACHO

Sobre outra estrela da equipe mineira e que também foi contratada para esta temporada, Cuca falou sobre a queda de desempenho de Nacho Fernández já no fim do ano. O treinador saiu em defesa do camisa 26 e contou que a parte física pesou muito.

– Com o Nacho foi diferente, ele é mais tranquilo, mais pacato. Não tem que jogar todo jogo, o porte físico dele. Na Argentina não se joga os 75 jogos por ano, é muito menos, com outro estilo de jogo, com posse de bola, menos intensidade e contato, como é aqui no Brasileiro. Lá o River é maior que 90% dos outros clubes, e aqui tem muitos times no mesmo nível. O Nacho era nosso titular absoluto, o time estava encaixado com ele, foi quando chegou o Diego Costa, Vargas começou a mostrar o potencial, Savarino e Zaracho cresceram, o Keno voltou de lesão e ele machucou. Então você se torna obrigado a por outro jogador, porque eles elevaram o nível.

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SONHO NA CANARINHO

Por fim, o treinador alvinegro também falou sobre o sonho de comandar a Seleção Brasileira. Cuca, no entanto, defendeu o trabalho de Tite no Brasil e disse que as chances de título são maiores com o atual técnico.

– Eu respeito muito o Tite. Acho que estamos nas melhores mãos que a gente podia estar. A chance nossa de ser campeã no ano que vem é maior com o Tite do que seria com qualquer outro treinador, brasileiro ou estrangeiro. Mas quem vai fazer acontecer isso é o momento da gente. Se for pra dar certo, eu fico muito feliz. Se não for também eu estou feliz demais da conta. Não sei, sinceramente, não sei. Vamos torcer que sim, né?

O treinador e todo o plantel alvinegro está de férias até o dia 17 de janeiro, quando se reapresenta na Cidade do Galo para a temporada de 2022. O time terá a disputa da Supercopa do Brasil, além do estadual, Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.

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