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Dado lamenta postura do Bahia em clássico: ‘Não esperava falta de agressividade’

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia foi derrotado pelo maior rival Vitória por 1 a 0, no Barradão. Não só o resultado, mas a postura da equipe surpreenderam o técnico Dado Cavalcanti. Mesmo contra um time cheio de garotos do rival, o Bahia buscou esperar o adversário para criar chances.

– Não esperava nossa equipe tão apática, não esperava falta de agressividade. Acho que perdemos muito mais por conta disso do que pelas trocas ou estratégia. […] Apatia talvez se tenha se manifestado muito mais no segundo tempo. No primeiro, tínhamos uma condição de estratégia. Saímos em algumas velocidades de ataque. Tivemos algumas boas possibilidades criadas pelo lado, possa passando pela área e ninguém aparecendo para colocar o pé ou a cabeça. Acredito que, no segundo tempo, a gente subiu as linhas e abriu espaços. Acho que foi preponderante a falta de agressividade, a apatia. Em um jogo como esse não deve se repetir esse tipo comportamento. Deve servir de lição para que não cometa esse tipo de erro ao longo da temporada – avaliou o treinador.

O treinador destaca que os setores de ataque e defesa não entraram em equilíbrio. Ele alega ainda ter um elenco reduzido em características e que busca variá-las ao longo da temporada 2021.

– Ainda estou buscando equilíbrio. A nossa equipe ainda é desequilibrada. Quando a gente está muito bem ofensivamente, damos espaço demais e tomamos muito gols. Quando fortalecemos a defesa, quando temos uma compactação um pouco mais baixa, a gente não passa apuros, mas perde agressividade. O ideal é achar o meio termo. Temos um grupo reduzido, um elenco com características muito reduzidas, estou tentando ao máximo extrair o que tenho à disposição. Vamos buscar um pouco mais de tranquilidade e trazer respostas positivas – afirmou.

Dado ainda falou sobre Rodriguinho. O atleta atuou os 90 minutos e teve um desempenho baixo em comparação a partidas anteriores com a camisa 10 do Bahia. Segundo o comandante, Rodriguinho é um dos caras decisivos do Bahia, ao lado de Gilberto e Rossi, por isso a escolha de mantê-lo em campo.

– É um jogador decisivo, assim como o Gilberto, assim como Rossi está sendo. Em final de jogo, quanto mais jogador decisivo em campo, melhor. Eu tinha a opção de tirar um. Rodriguinho joga mais por dentro, Gilberto joga mais por dentro. Como Rossi joga mais pela beirada, fiz a opção da saída dele – explicou.

Por fim, o técnico explicou à imprensa sobre a estratégia de atuar mais defensivamente mesmo diante de um adversário considerado inferior. Para Dado, a intenção era tirar o espaço do Vitória no ataque, algo que surtiu efeito até certa parte da partida.

– A estratégia foi tirar o campo do adversário. Você tira o campo de duas formas. Ou sobe marcação para pressionar ou desce linhas para sobrar poucos espaços para o adversário entrar em nossas linhas. No primeiro tempo o adversário não entrou porque estávamos embaixo. Foi estratégia. Um time rápido, como é o adversário, e eu não tendo as peças ideias para fazer pressão alta, por ter jogadores um pouquinho mais velhos, não ter agressividade de meio, buscar ainda o equilíbrio, foi o que me fez mudar a estratégia. No primeiro tempo não sofremos. Não tivemos tanta ênfase ofensiva, mas não sofremos. No segundo tempo tentamos subir. Quando subimos linha sem agressividade, aí sim abre os espaços para o adversário, que preencheu esses espaços em velocidade. Antes de o gol acontecer, nós já tínhamos tomado dois sustos por dentro. Tinha uma troca pronta justamente antes do gol. Mas faço a leitura completa do que aconteceu. Tentamos diminuir o campo para o adversário. Enquanto o campo estava curto, mesmo sendo embaixo, o adversário não trouxe essa dificuldade.

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