Cria de Xerém, o meia Danielzinho, ou Daniel, como preferir, concedeu sua primeira entrevista coletiva após voltar ao Fluminense que o revelou após quatro anos. O meia, de 27 anos, falou sobre posição, conversa com Fred, Diniz e ambiente.
– Acho que pra todo mundo é claro que eu volto bem mais maduro. Passei por muita coisa no Bahia. Saí ‘de casa’, aquele negócio de garoto da base que eu era. Ganhei título, fui rebaixado, tive acesso, muitas coisas aconteceram que me fizeram muito bem e acho que hoje eu vou ser um jogador que tem muito mais confiança, experiência na hora de entrar no campo.
Daniel também revelou a conversa que teve com Fred nos corredores do Maracanã após Fluminense x Bahia:
– Eu tive uma conversa lá com o Fred, que acabou vazando até numa foto nos bastidores do Fluminense (risos), foi uma conversa franca. Joguei com o Fred, foi um cara que sempre me recebeu muito bem, sempre recebeu todo mundo que subia da base bem. Tive uma conversa com ele sobre meu momento, minha situação como tava, tinha interesse de outros clubes, então tava conversando com ele sobre isso tudo. Depois o Fluminense criou (interesse), teve o meu retorno e eu fiquei bastante feliz que tudo deu certo.
Jogando como segundo volante enquanto atuava no Fluminense em 2019, Daniel afirmou ter evoluído, inclusive, em outras funções no Bahia
– Consegui evoluir, eu fazia uma função aqui de 2º volante, lá eu tive que jogar muito de meia também, então acho que eu consegui evoluir numa outra posição. O que o Diniz precisar dentro de campo, tô bem mais maduro. Fui capitão lá por muito tempo, a Série B toda, então sei que isso tem um peso também na hora de entrar no campo, estar mais frio, mais tranquilo.
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Mais respostas de Daniel na coletiva
Melhores números da carreira em 2019
– O trabalho do Diniz favorece muito meu estilo de jogo, acho que favorece o do Yony também. Praticamente favorece de todo jogador né, que gosta de jogar futebol. Muito feliz de estar retornando pro Fluminense, estar retornando com ele (Diniz). Meus melhores números na carreira foram com ele e espero que nesse retorno eu tenha meus melhores números de novo.
Mudanças no clube de 2019 pra cá
– Bastante diferença. Desde a entrada, a rua no CT, muito mais moderno, reformaram muitas coisas, academia evoluiu, fisioterapia, os campos estão melhores. Fico bastante feliz de ter voltado e ver que o Mário tá conseguindo reestruturar o Fluminense, crescendo nessas áreas, não é atoa que tá tendo retorno dentro de campo.
Possibilidade de atuar em posições diferentes
– Acho que trabalhar em mais de uma função vai ser tranquilo, porque o Diniz já testa bastante isso no dia a dia. Então acho que ele vai conseguir identificar muito bem, a gente poder fazer posições diferentes, e como ele treina muito, se tiver que entrar em qualquer outra posição no campo vai entrar confiante. Estar entrosado com os companheiros, então acho que tiro isso numa boa.
Diferenças do Diniz de 2019 e o Diniz de 2023
– Acho que ver diferença no Diniz é complicado. Desde que eu conheci ele em 2016 é praticamente a mesma pessoa, um cara que treina bastante, todo dia, nunca tá satisfeito com resultado de ganhar e acomodar. Pelo que eu já vi e tô vendo essa semana, não tem muita coisa de diferente, então é um cara que trilhou o caminho dele, ele fala que tem as coisas muito claras na cabeça dele, o que é certo e o que é errado. Vejo ele como eu sempre conheci, como é muito bom pros jogadores, querendo ajudar todo mundo.
Expectativa pro FlaFlu
– FlaFlu é sempre um campeonato a parte, independente de quem tá mal ou bem, é um outro campeonato. Ainda mais esse que vai ser muito mais disputado porque as duas equipes tão no G4, valendo vice-liderança do campeonato nessa rodada quem ganhar. Então vai ser um jogo com Maracanã lotado, é um jogo que às vezes muda a vida de muitos jogadores. Não estreei contra o Inter, ficou aquela ansiedade de entrar, não entrei, mas agora no FlaFlu se eu entrar vou estar mais entrosado porque tive mais uma semana de treinamentos e espero que a gente saía com os 3 pontos.
Ambiente do Clube
– O ambiente tá muito bom, maravilhoso. Acho que o Diniz tem isso muito bem, que é a forma de trabalhar fazendo o grupo bem unido, ficar amigo, um se preocupando com o outro, não só dentro de campo como for a também. A gente chegou na semana que perdemos pro São Paulo e vimos um grupo muito unido, todo mundo conversando. Tem muita gente de Xerém, o Nino, Ganso, creio que vai dar tudo certo.
