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De jogador da Série B a herói improvável do Palmeiras: Breno Lopes marca seu nome na história do Alviverde

(Photo by RICARDO MORAES/POOL/AFP via Getty Images)

A história do esporte está repleta de heróis improváveis. O futebol especialmente tem os seus nomes que se eternizaram quando menos se esperava. Quem diria que Adriano Gabiru daria um título mundial para o Internacional em 2006? Neste sábado, foi a vez do Palmeiras ter seu personagem para ficar marcado na memória do seu torcedor. De cabeça, Breno Lopes marcou o gol da vitória e do bicampeonato do Verdão na Libertadores.

Mas quem é Breno Lopes? Aos 25 anos, o atacante vinha se destacando com a camisa do Juventude, na Série B, até ser contratado pelo Palmeiras em novembro de 2020. De imediato, o camisa 39 virou opção e era escolhido com certa frequência por Abel Ferreira para entrar no segundo tempo. E justamente em uma vinda do banco, o jovem de Belo Horizonte eternizou seu nome na história do Palmeiras.

Aos 25 anos, Breno Lopes vive o auge da carreira ao dar o Bi da Libertadores para o Palmeiras (Photo by RICARDO MORAES/AFP via Getty Images)

Aos 53′ do segundo tempo de um jogo truncado, até certo ponto feio, brigado, Breno Lopes foi o responsável por dar cor e vida no Maracanã. Após cruzamento primoroso de Rony, o camisa 39 foi perfeito ao se deslocar e testar com absoluta categoria para balançar as redes e todos os corações alviverdes espalhados pelo mundo.

Todos esperavam que Marinho, pelo lado do Santos, e Rony, pelo Palmeiras, seriam as estrelas da partida, como vinham sendo. Nem mesmo o próprio Breno Lopes, como confessou após a partida, acreditava que seria possível ser o nome a decidir o bicampeonato da Libertadores. Mas foi justamente da incredulidade que surgiu o inesperado, o improvável, o tão exaltado imponderável que torna o futebol um esporte tão imprevisível e apaixonante.

Sobre o restante da partida e da organização, ainda bem que Breno Lopes estava iluminado, porque se não fosse o gol do camisa 39, a partida seria marcada pela bagunça protagonizada pela Conmebol ao colocar convidados em único setor do Maracanã e proporcionando cenas lamentáveis de aglomeração e desrespeito as regras sanitárias no meio de uma pandemia.

Alguns ‘convidados’ da Conmebol expuseram o que era para ser uma presença consciente com aglomeração e em muitos casos pessoas sem máscara na arquibancada do Maracanã (Photo by Ricardo Moraes – Pool/Getty Images)

Além da desorganização da Conmebol, o jogo ficaria marcado pelo nervosismo e falta de coragem de ambos os times, que até os 35′ minutos do segundo tempo pouco se arriscavam e se preocupavam muito mais em cometer faltas e evitar que o adversário jogasse ao invés de propor e mandar na partida. Mas como os deuses do futebol olhavam para o Maracanã, Breno Lopes estava lá para fazer todos os palmeirenses do mundo explodissem em felicidade.

Não poderia deixar de destacar, negativamente, o papelão proporcionado por Cuca. Quando a partida se encaminhava para prorrogação, o treinador quis retardar uma reposição de bola de Marcos Rocha, acabou empurrado pelo lateral e o resultado foi a expulsão do técnico. Pode parecer coincidência, mas no lance seguinte a saída de Cuca, o Palmeiras aproveitou a desorganização do Santos e Rony achou Breno Lopes para se eternizar na história do Palmeiras.

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