Neste domingo (24) em jogo tarde da noite, pudemos ver uma grande atuação de Diego Costa na defesa do São Paulo. Além de muita segurança, o beque se destaca por outro fator – sua qualidade com a bola.
É inevitável que no futebol atual, visto de forma pejorativa por muitos como o “futebol moderno”, seja necessário que a maioria dos jogadores, ou até mesmo todos eles saibam o que fazer dentro de campo. Isso não é uma exigência absurda, apesar de ser tratada como tal.
Ainda somos acostumados a ler que zagueiros tem que apenas dar patadas e a sua qualificação com a bola nos pés é inútil. Uma tremenda bobagem, o zagueiro que tem recurso tanto para sair jogando como para alcançar passes mais longos se destaca e ajuda um time a construir jogadas desde o seu campo de defesa.
Isso ocorre com Diego Costa. O zagueiro que vem da base do São Paulo tem grande qualidade com a bola, não a toa foi um dos escolhidos para o time principal de Fernando Diniz, que enxergou a sua qualificação neste ponto e que ela condizia com o que ele propunha para a equipe enquanto esteve no comando.
Do céu ao inferno
Com boas atuações como a contra o Corinthians o zagueiro foi ao céu e alcançou a titularidade, no entanto em seguida da oscilação natural que jogadores dessa idade – ainda mais em uma equipe com uma pressão enorme por um título como o São Paulo – Diego foi ao inferno, totalmente questionado e sendo comparado com outros zagueiros que não deram certo no Tricolor.
Tudo isso logicamente resulta numa queda abrupta na relação entre jogador-torcida. Enquanto a torcida fica receosa ao ver o atleta em campo, naturalmente ele tende a errar mais por conta dessa pressão e da falta de auto confiança. E consequentemente ninguém ganha com isso.
A volta
A partida contra o Ituano teve uma excelente atuação do jogador, que tanto foi seguro defensivamente como conseguiu criar grandes oportunidades de jogadas perigosas com seus lançamentos.
O primeiro deles resultou no gol, de maneira indireta. Após o lançamento de Diego, Galeano foi derrubado na área e ocasionou o pênalti convertido por Rodrigo.
Mas a atuação não parou por ai, foram 6 lançamentos em toda a partida, 85% de acerto de passe, 4 cortes defensivos, 2 chutes travados e 5 disputas vencidas. Segurança defensiva aliada com auxilio na criação fez dele um dos melhores em campo junto de Galeano e Igor Vinícius.
E a sua volta ao melhor nível é uma grande possibilidade para o São Paulo. Por mais que sejam mais experientes, Arboleda e Bruno Alves não tem essa técnica apurada e consequentemente Diego pode alcançar a titularidade em mais partidas. Essa característica já demonstrou agradar Hernan Crespo, que vem mantendo Léo como titular na maioria das partidas.
Mas tudo isso precisa ser aliado a confiança do atleta. Calma e não-exigência da titularidade de jogadores com maior “nome” devem ser seguidos pela torcida, para que Diego possa ajudar o São Paulo em uma identidade de jogo que valoriza a posse e jogadores modernos e competentes.
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