São Paulo

Diniz crítica possível volta do Brasileirão: “É uma desigualdade grande”

Foto: Reprodução/São Paulo FC

Na última semana a CBF anunciou que o início do Campeonato Brasileiro poderia ocorrer entre 8 e 9 de agosto. Após o anúncio feito pela confederação, alguns técnicos e dirigentes de clubes paulistas criticaram a decisão, dentre eles, Fernando Diniz.

Em entrevista ao Globo Esporte, o comandante Tricolor apontou uma possível desvantagem para os clubes paulistas, que vão voltar aos treinos somente na próxima semana. “Eu acho injusto (voltar nos dias 8 e 9 de agosto). Acho ruim para o futebol. Acho que o Brasil como país, como unidade, tem que fazer um campeonato que seja mais justo. Porque é uma desigualdade grande se tem uma equipe treinando mais tempo do que você. E por que nós estamos treinando há menos tempo? Porque os clubes de São Paulo fizeram o correto de seguir as ordens governamentais das entidades de saúde para seguirmos o protocolo. E seguimos. Então os quatro clubes de São Paulo não podem ser penalizados pelo certo, porque de alguma forma já vai sair atrás. Quanto mais cedo você voltar, mais penalizados os times de São Paulo vão ser” disse Diniz.

Com treinamentos marcados a partir de 01 de julho, o São Paulo iniciou testes clínicos e físicos em seus atletas nesta semana, além da realização dos testes de Covid-19 nos atletas e comissão técnica. O Paulistão ainda não tem data para retornar, em contraponto, o Campeonato Carioca voltou na última semana e já tem rodadas programadas para esse fim de semana.

Fernando Diniz também comparou a volta precoce do futebol no Brasil com o que tem acontecido na Alemanha, visto o número de lesões

“Acho que o Campeonato Brasileiro tem que esticar o máximo que der para o Campeonato Paulista também não ter que ser imediato, tem que esticar. Porque a gente ficou 100 dias parado. Como vamos conseguir voltar a jogar sem no mínimo um mês de preparação adequada? Se na Alemanha eles prepararam com todo o cuidado, foi um país que sofreu pouco com o coronavírus e são lesões em cima de lesões. E só teremos esse tempo para treinar, porque depois vai ser jogo em cima de jogo até fevereiro. Então temos de pensar no bem estar do jogador, porque pensar no bem estar do jogador é pensar no bem estar do futebol. É pensar no bem estar do torcedor, para você poder ter um futebol minimamente de qualidade e um pouco mais equilibrado. Não é questão de você exigir uma coisa que não tem sentido. O que não tem sentido é querer voltar de uma forma acelerada e muito atabalhoada.”

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