Foi em uma quarta-feira, 11 de abril de 1945, no bairro Barreirinha, em Curitiba, que nascia o maior ídolo da história do Coritiba Foot Ball Club; Dirceu Krüger foi o maior símbolo como jogador, funcionário e treinador que o Coritiba já teve. Foram 53 anos dedicados ao clube e o reconhecimento foi materializado em 2016 com uma estátua do jogador, que hoje está colocada na frente do Estádio Major Antônio Couto Pereira. O Flecha Loira – como é carinhosamente chamado pela torcida coxa-branca – estreou pelo clube no dia 27 de fevereiro de 1966, contra a equipe do Grêmio-RS, no Torneio de Verão, a partida terminou em 1×1 e o gol coxa-branca foi marcado pelo Flecha; após a estreia, foram mais 10 anos como jogador de futebol do Coritiba. Dirceu chegou a disputar partidas profissionais pela – já extinta equipe – do Britânia Sport Clube, mas foi no Coxa que marcou destaque com suas 252 partidas e 58 gols anotados.
“Não tem resultado que seja impossível para equipes como a do Coritiba”.
De Dirceu Krüger, a jornalista Bruna Maestri Walter, em 2012.
Krüger foi oito vezes campeão Paranaense (1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976) como jogador e foi treinador do Coritiba em diversas oportunidades, contabilizando 185 jogos a frente da comissão técnica da equipe coxa-branca, sendo a primeira vez em 1979; pouco tempo após a sua aposentadoria aos 30 anos de idade.
Histórias memoráveis
A carreira de Krüger não foi a mais longeva como a de muitos ídolos que as torcidas estão habituadas; Dirceu se aposentou aos 30 anos de idade. Em uma partida contra a equipe do Esporte Clube Água Verde, em 1970, o jogador que estava comemorando seu aniversário naquele dia e realmente ‘nasceu de novo‘; em uma jogada dentro da área, o jogador saiu sozinho contra o goleiro e após encobrir o adversário, o guarda-redes o atingiu com o joelho na região da barriga e o impacto foi tão forte que o atacante coxa-branca teve um grave ferimento na região da barriga e ficou hospitalizado por mais de 70 dias. A situação era tão séria que o Flecha recebeu duas vezes a ‘extrema-unção’ – benção que é dada aos pacientes no leito de morte – mas incrivelmente o jogador retornou da situação que estava e atuou diretamente até 1975 – quando sofreu com um toque sem querer na região da barriga do jogador adversário, o Flecha sentiu uma dor terrível e declarou: “Foi então que comecei a perceber que cada vez que jogava ou treinava, eu estava colocando minha vida em risco”. O Flecha encerrou a carreira em 1976 uma partida contra o rival Athletico, dentro do Couto Pereira.
O Flecha Loira foi o treinador responsável por confiar pela primeira vez a Alex (ex-jogador) a braçadeira de capitão. Após uma derrota por 5 a 2 , em um AthleTiba, em 1997, os jogadores viviam enorme pressão dos torcedores pelo resultado sofrido. Na partida seguinte, na cidade de Francisco Beltrão, quando Alex chegou ao vestiário, a braçadeira estava postada em cima de seu uniforme, quando Alex questionou Krüger, o treinador falou: ‘Vai lá. Assume essa responsabilidade que é sua. E você vai carregar para o resto da carreira’ (Gazeta do Povo, 2015). Desde então Alex foi capitão e campeão por onde passou e tudo iniciou pelas mãos de outro Ídolo coxa-branca.
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Homenagens do clube
Krüger viveu uma vida em prol ao Coritiba; acabou falecendo em Curitiba, no dia 25 de abril de 2019, em virtude de complicações após uma cirurgia de obstrução intestinal. Foi homenageado com a – já citada – estátua de tamanho em frente ao estádio Couto Pereira e em 2019 a Federação Paranaense de Futebol batizou o segundo turno do Campeonato Paranaense com o nome do Flecha Loira.
Pelas redes sociais, o Coritiba e sua torcida marcaram o dia com diversas homenagens aos 76 anos do eterno ídolo do Coxa.
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