O diretor de futebol do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, foi até o programa “Bastidores” da rádio Itatiaia, onde falou sobre vários assuntos sobre o clube mineiro, inclusive, sobre a valorização dos jogadores do Galo. O entrevistado disse que os jogadores que são convocados são naturalmente os mais procurados e que o time alvinegro precisa realizar vendas para equalizar as contar e se enquadrar dentro do planejamento orçamentário planejado para 2021. Porém, o diretor também comentou sobre a época de crise dentro do mercado, com clubes tendo pouco recursos para gastar nas janelas de transferências.
Dentro do elenco do Atlético-MG existem vários jogadores que chamam a atenção do mercado, mas, em especial, os laterais Guga e Guilherme Arana, ambos da Seleção Olímpica, o zagueiro Igor Rabello e o atacante Savarino têm se destacado. No entanto, Rodrigo Caetano fez questão de salientar que até o momento não houve nenhuma consulta ou proposta feita por nenhum jogador do Galo.
— Naturalmente que jogadores que são convocados para as seleções de seus países e seleção olímpica, pela ordem natural das coisas, eles acabam tendo uma visibilidade maior, mas até o presente momento eu afirmo que não tivemos nenhuma consulta ou oferta oficial para nenhum dos nossos atletas. Também tenho que falar a realidade que o clube precisa realizar vendas, porque todos sabem a situação que nós enfrentamos no que diz respeito ao nosso déficit e o nosso passivo. Então, também temos que comunicar a verdade para o nosso torcedor. Cabe a nós ter mapeado já possibilidades para caso tenhamos algum tipo de perda. Agora, o mercado mudou um pouco nos últimos anos, porque o dinheiro praticamente sumiu, não é só aqui no Brasil, se for ver no mundo, o número de transferências e valores envolvidos nas últimas janelas é baixíssimo, boa parte das transferências têm se dado com jogadores que ficam livre no mercado. Então, para o Galo vir a perder algum jogador importante, realizar alguma venda, tem que valer a pena e é isso que a gente debate sempre com o nosso órgão colegiado, presidente Sérgio Coelho, com o nosso vice doutor Murilo Procópio, porque a gente sabe da realidade. Vamos fazer o possível e o impossível para sempre conseguir equilibrar, a nossa realidade financeira com o objetivo esportivo que é o produto fim de um clube de futebol, esse é o nosso desafio, mas até o presente momento, nós não tivemos ainda, porque se ainda existe a possibilidade de dar uma aquecida no mercado, o que eu tenho minhas dúvidas se vai acontecer a partir de junho ou julho mesmo.
Recentemente, alguns clubes do futebol brasileiro, como o Palmeiras e Flamengo, atual bicampeão, se posicionaram a favor de uma possível alteração no calendário da temporada do país por conta da Copa América, que será realizada no Brasil e tem início no próximo final de semana e termina no dia 10 de julho. O diretor de futebol do Atlético-MG já pensa diferente, ele fez questão de lembrar que o cronograma já é apertado e que uma paralisação durante o torneio de seleções complicaria ainda mais as equipes, tendo uma sequência de jogos em um curto intervalo de tempo ainda maior.
— Nesse primeiro momento, que foram esses dois primeiros jogos, depois o período de Copa América. Na verdade, nós levantamos o calendário todo e como nós temos a intenção de chegar em todas as competições, nosso entendimento é que se em algum momento tivéssemos o adiamento das partidas, certamente, em um outro momento decisivo, teríamos que jogar uma partida a cada três dias. Fiz um levantamento que o Galo tem, em média, um jogo a cada quatro dias desde que retomou aquela paralisação da pandemia no ano passado, então você imagina no ano de 2021 se tivéssemos o adiamento de algumas partidas. Confiamos no elenco, a gente sabe que tem sempre um prejuízo técnico, porque o elenco só é de alto nível quando se tem todos os jogadores à disposição do treinador para que ele faça a melhor escolha. Mas o entendimento foi esse, de tentar, lá na frente, quando alguma dessa equipes e possíveis concorrentes que são estiverem jogando um jogo a cada três dias, o Galo poder seguir o calendário que já é apertado, mas que não fique tão inviável quanto poderia ficar lá na frente.
Boca Juniors
O adversário do Atlético-MG nas oitavas de final da Copa Libertadores é ninguém mais e ninguém menos que o Boca Juniors, seis vezes campeão da competição continental. Rodrigo Caetano disse que não tem como escolher adversário, mas que o chaveamento do Galo é sim mais complicado.
— A gente costuma dizer que não se escolhe adversário no futebol, isso é fato, mas obviamente que o caminho para o nosso lado é mais difícil porque ali se encontram equipes que já conquistaram a Libertadores, que tem o maior número de títulos e em tese tem uma camisa de maior relevância. Mas não adianta, a gente não controla sorteio, nós temos que nos preocupar com aquilo que nós controlamos, que depende da gente e isso, dentro dessa Copa Libertadores, a gente fez. A busca da classificação, o primeiro lugar no grupo e depois a primeira classificação geral, é isso que nós podemos controlar, da mesma forma que, lá na frente, iniciando os confrontos das oitavas, o que nos resta é esse imenso desafio de passar pelo Boca e depois os próximos adversários, não tem muito jeito, vamos fazer de tudo para chegar bem no dia 14 de julho.
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