Cruzeiro

Pedro Martins afirma que trocar de treinador foi um risco que o Cruzeiro decidiu correr

Zé Ricardo foi apresentado pelo Cruzeiro nesta quarta-feira (Foto: Divulgação/CEC)

Coletiva contou com a apresentação do novo treinador celeste

Foto: Divulgação/CEC

Após a saída do técnico português, Pepa, o Cruzeiro correu atrás de diversos nomes no mercado, até apresentar o acerto com o ex-Vasco, Zé Ricardo, nesta quarta-feira (6) pela manhã. Após o anúncio do treinador, o diretor da Raposa, Pedro Martins, concedeu uma entrevista coletiva durante a tarde, para esclarecer alguns pontos sobre a troca de treinadores no meio do Campeonato brasileiro e afirma que trocar de treinador foi um risco que a diretoria do Cruzeiro decidiu correr.

– A decisão de ficar é um risco, a de trocar também é um risco. Por isso temos que ter clareza em cada passo. Não chegou um salvador da prática, como também não existia antes. É colocar a mão na cabeça e tomar as melhores decisões para obter os melhores resultados. – pontuou Pedro Martins.

Além de alegar que sabia que seria uma decisão complexa, o diretor não deixou de elogiar a pessoa e excelente profissional que é o treinador português. O diretor cruzeirense, afirmou que ninguém dentro do clube ficou feliz com a saída do treinador, mas que devido às análises de desempenhos e objetivos do clube, foi necessário haver uma mudança.

– Se teve alguma pessoa que ficou feliz com a saída do Pepa, essa pessoa não tinha que estar no Cruzeiro, porque ela não entendeu o clube. Não tem ninguém feliz com a saída do Pepa. Mas isso é diferente de avaliação de trabalho. E não é avaliação de resultado, é avaliação de trabalho e projeção de resultado. A gente avalia o trabalho para projetar resultados. E dentro desse exercício, tomamos a decisão de tirá-lo – ressaltou Martins

Ainda argumentando sobre a saída do lusitano, Martins disse ter sido uma decisão difícil e que não é fácil pontuar quais foram as razões da diretoria para a saída, pois, segundo ele, diversas análises do trabalho de Pepa foram feitas, para que se chegasse a uma decisão final.

– Se fosse fácil nomear apenas uma coisa para que se tomasse a decisão, te falo que a gente teria vida mais tranquila. Para que a gente consiga fazer um diagnóstico, uma avaliação, a gente olhou tudo. Desde o método, a maneira de condução dos treinos, a energia que estava sendo colocada nos treinos, processo de integração da comissão com o indivíduo, da comissão técnica com o ambiente. E tudo isso tem avaliação positiva, avaliação que a gente acreditava que dava para melhorar e avaliação que a gente identificava que, infelizmente, pela forma como o projeto estava, a gente não conseguia identificar evolução – explicou o diretor do Cruzeiro.

– É muito difícil dar um argumento, porque a gente está falando de ser humano. Por isso que a gente fez uma avaliação muito profunda, fizemos várias reflexões com a comissão técnica para que a gente chegasse nessa decisão que foi muito difícil. Muito difícil mesmo, porque o Pepa e a sua comissão apostaram muito nesse projeto. Eles investiram muito nisso. E a gente teve que tomar a decisão também com dificuldade pela relação pessoal que acaba se criando – acrescentou.

O novo ciclo

Sobre a chegada de Zé Ricardo, Pedro Martins ressaltou o trabalho da diretoria em busca de um novo nome à altura do cargo no Cruzeiro, e completou dizendo que o novo comandante celeste, já era um nome monitorado pela equipe de Ronaldo.

– Temos uma equipe de monitoramento de mercado que faz essa projeção e essa análise (do novo técnico), foi uma lista grande. Como parte da inteligência do Cruzeiro, temos que estar alimentando essa lista, e o Zé Ricardo foi um treinador que sempre monitoramos. Conversamos com ele em outros momentos, e o Zé é um profissional que já analisamos há muito tempo em outros clubes. – destacou

– Agora é trabalhar. Não chegou um salvador da pátria, como não existia antes. – completou

Protestos da torcida

Logo após os rumores sobre a chegada de Zé Ricardo, houveram muitas manifestações contrárias por partes dos torcedores, inclusive uma nota de repúdio da torcida organizada, Máfia Azul, tremendo uma campanha ruim que pudesse levar novamente ao rebaixamento da equipe, alegando que o treinador não teria condições de treinar o clube.

O clima é de muita pressão logo após a chegada, e Zé Ricardo tem uma dura tabela pela frente e o objetivo é manter o Cruzeiro na Série A do Campeonato Brasileir. A equipe não vence há 8 jogos e tem apenas 2 vitórias nos últimos 16 jogos no torneio.

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