O documentário “Lutar, Lutar, Lutar”, que conta a história do Atlético-MG de 1908 a 2014, será exibido no Festival de Curtas Vila do Conde, de Portugal, no próximo sábado, às 22h. O filme fará parte da seção não competitiva Da Curta à Longa. Após a exibição, o diretor Helvécio Martins participará de uma conversa com o jornalista Luís Freitas Lobo e também com o ex-atacante e ídolo do Galo, Reinaldo.
A produção, com 110 minutos, direção de Sérgio Borges e roteiro e produção do jornalista Fred Melo Paiva, já foi exibida no Festival de Cinema de Buenos Aires (Bacif), na Argentina, e no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, na Holanda.
Mídia repercute
O Jornal A Bola, um dos mais tradicionais de Portugal, produziu uma reportagem especial sobre o clube Atlético-MG e falou da exibição do longa. Na página impressa do veículo, é possível ver imagens de jogadores que marcaram a história do Galo, como Ronaldinho Gaúcho e Reinaldo.
O documentário
A produção tem 110 minutos de duração retirados de 400 horas de material de arquivo do jornal Estado de Minas e da TV Alterosa. Foram mais de 50 entrevistados, sendo ex-jogadores, técnicos, ex-dirigentes e jornalistas. A ESPN também é co-produtora do filme.
Dentre os jogadores entrevistados, estão o ex-atacante Vavá, que atuou no Atlético-MG na década de 1950 e participou da campanha Campeã do Gelo na Europa. Além dele, Reinaldo, Éder Aleixo, Toninho Cerezo e Luizinho, ídolos atleticanos da década de 1980 e os atletas campeões da Libertadores de 2013.
O enredo do documentário conta sobre a rivalidade e lances polêmicos nos confrontos do Atlético-MG diante o Flamengo na década de 1980 e depois a redenção do clube mineiro na Copa do Brasil de 2014, em que venceu o próprio clube carioca e o maior rival na final, erguendo a taça em pleno estádio Mineirão.
Além disso, a história também mostra muitos altos e baixos vividos pelo Galo nos campeonatos estaduais, nacionais e internacionais, incluindo a queda para a Série B do Brasileirão em 2006 e a Copa Libertadores da América de 2013.
Sinopse do filme
Todo clube de futebol deveria ter uma dupla de torcedores fanáticos como os respeitados cineastas brasileiros Sérgio Borges e Helvécio Marins Jr., ambos com longa-metragem apresentados em Roterdã. Eles começaram a fazer este documentário candidamente apaixonado e envolvente em 2013, quando seu clube, o Clube Atlético Mineiro – mais conhecido como Galo – finalmente venceu a Copa Libertadores. Não apenas como uma homenagem a jogadores lendários e subestimados como Reinaldo – que pode ter sido um jogador ainda melhor do que Pelé. Mas também para iluminar décadas de injustiça, de perder troféus, de oposição arbitrária e racismo que permitiu aos poderes instituídos favorecer de forma consistente e injusta os grandes clubes cariocas. A paixão dos fãs é intensificada pelo som e pelas imagens do filme, que transmitem seu amor de forma poderosa ao espectador. Por fim, e apropriadamente para esse tipo de história épica, o amor pelo clube e pelo jogo ganha o dia: neste caso, com uma ajudinha de Ronaldinho.
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