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Dois jogos de Renato: o que mudou e o que ainda precisa ser melhorado no Flamengo

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Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
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Após uma semana como treinador do Flamengo, Renato Gaúcho tem, em duas partidas, duas vitórias, seis gols marcados e nenhum sofrido. Após a goleada diante do Bahia no último domingo (18), a torcida rubro-negra finalmente conseguiu ver os primeiros indícios da cara do novo treinador na equipe.

Quando enfrentou o Defensa y Justicia, na última quarta-feira (14), Renato havia treinado apenas uma vez com o grupo. O Flamengo, apesar da vitória apertada por 1 a 0, saiu bastante criticado de campo, após ter sofrido grande pressão e escapado de sofrer o empate, ou até mesmo a derrota, graças à grande atuação de Diego Alves.

De quarta-feira a domingo, Renato teve tempo, mesmo que pouco, para então começar a implementar suas mudanças, que ficaram visíveis diante da goleada por 5 a 0 no Bahia, pela décima segunda rodada do Brasileirão. O destaque da partida vai para o hat-trick de Gabigol.

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A primeira delas é que com o novo treinador, não há improvisação de jogadores, exceto em casos de urgência. William Arão, sob o comando de Renato, é volante, não zagueiro. Com isso, a zaga que enfrentou o Defensa e o Bahia foi formada pelos defensores de origem Gustavo Henrique e Léo Pereira.

Apesar de ambos ainda não terem empolgado com a camisa do Flamengo, receberam o voto de confiança de Renato e até agora, com ele à beira do campo, não sofreram gol. Dessa forma, Arão volta ao meio campo e melhora significamente a saída de bola da equipe, com mais qualidade no passe entre o setor defensivo e ofensivo.

Contra o Defensa y Justicia, vimos um Flamengo acuado, com pouca posse de bola e se limitando a fazer a ligação direta entre a zaga e o ataque. Porém, contra o Bahia, vimos um Rubro-Negro dinâmico, com trocas rápidas de passes e que marca em cima o adversário, semelhante àquele Flamengo de Jorge Jesus.

Porém, há uma diferença fundamental entre a equipe de Renato Gaúcho e aquela do português de 2019: Jorge Jesus formava o time em um 4-4-2, onde os dois atacantes tinham muita liberdade de movimentação, seguidos por uma linha de quatro que ia de Arrascaeta pela esquerda, Arão e Gerson no meio e Everton Ribeiro pelo lado direito.

Com Renato, o Flamengo até aqui jogou em um esquema que o treinador utilizava muito no Grêmio: o 4-2-3-1, com os dois volantes à frente da zaga, um meia mais a frente e dois pontas que apoiam muito ofensivamente, mas também têm funções defensivas.

Sem Bruno Henrique, lesionado, quem tem atuado pela esquerda é Michael, que parece ter ganho nova confiança sob o comando de Renato. O técnico, por sinal, ganhou fama no Grêmio por conseguir extrair bom futebol de jogadores já considerados improdutivos pela torcida. No Flamengo, Michael, que chegou no começo de 2020, até agora não conseguiu convencer o torcedor, mas com Renato, tem tido mais oportunidades e vem aproveitando.

Gustavo Henrique e Léo Pereira formam a dupla de zaga até o momento, cheios de desconfiança do torcedor, mas cheios de respaldo do novo treinador. Até agora tem funcionado, é preciso esperar para ver qual dos dois formará dupla com Rodrigo Caio, que ainda se recupera de lesão.

Após dois jogos com Renato Gaúcho, fica apenas uma dúvida no ar: se o Flamengo jogou recuado diante do Defensa por conta da falta de treinamento e entrosamento com o novo treinador, ou se foi de fato uma postura escolhida por Renato. Seja qual for o caso, o novo comandante rubro-negro tem 100% de aproveitamento até aqui, sem ter sofrido um único gol.

O próximo compromisso do Flamengo de Renato Gaúcho é nesta quarta-feira (21), diante do Defensa y Justicia, pelo segundo jogo das oitavas de final da Libertadores. Após vencer o jogo de ida por 1 a 0, o Rubro-Negro joga pelo empate para avançar na competição. A bola rola às 21h30 (Brasília), no estádio Mané Garrincha.

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