O Flamengo conseguiu uma confortável vantagem no jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores da América, na última quarta-feira, quando venceu o Vélez Sarsfield por 4 a 0, na Argentina. Por este motivo, imaginava-se que Dorival Júnior iria escalar os titulares contra o Ceará, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, o treinador iniciou com o time B, e o Rubro-Negro terminou empatando o duelo em 1 a 1, no Maracanã. Com o resultado, a equipe da Gávea perdeu a chance de diminuir para cinco pontos a distância do líder Palmeiras.
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Em entrevista ao “Charla Podcast”, Dorival Júnior, para justificar a sua escolha, relembrou o revés do Flamengo na Libertadores de 2008. Na ocasião, o Rubro-Negro venceu o América do México por 4 a 2 fora de casa, mas perdeu por 3 a 0, com hat-trick de Salvador Cabañas, no Maracanã, e acabou eliminado. O treinador pregou respeito ao Vélez.
– Pode ser que sim (erro dele na escalação), mas deixo um questionamento: já tivemos uma desclassificação dentro de casa… com o Cabañas. Venceu 4 a 2 lá e perdeu 3 a 0 aqui. No futebol, nada é impossível. Eu jamais me perdoaria, depois de uma vantagem conseguida a duras penas. Depois do que o Flamengo fez, algumas pessoas preferiram dizer que o Vélez não deveria estar na semifinal. É criminoso com o microfone nas mãos dizer isso. A equipe merece todo respeito e consideração. A torcida do Flamengo jamais me perdoaria se na quarta a vantagem viesse a cair, por um motivo ou outro, sem a equipe principal em campo. Eu trabalho com os pés no chão. Eu sei o que vamos enfrentar na quarta-feira novamente.
Outro ponto que vem sendo questionado pelo torcedor do Flamengo é a escalação de Diego Ribas como titular do time B. O jogador não vem correspondendo quando é utilizado. Dorival destacou o comprometimento do jogador e sua importância, que vai além do campo de jogo.
– Tem que existir um respeito. Ele é um dos que mais trabalha, se dedica, se entrega e assume o compromisso. Um profissional desse pode não estar no melhor momento, mas não deixa de ser importante. Quando se perde um jogador desse um grupo de trabalho, paga um preço muito alto. As pessoas não entendem. Acham que a resposta é só dentro de campo, e nem sempre é assim. Alguns, além da resposta técnica, dão uma resposta imensurável. Diego é um deles. Enquanto ele estiver no Flamengo, o Diego vai ser respeitado.
A meta rubro-negra também foi assunto da entrevista. Santos tomou conta da posição e é o titular absoluto no momento. Quando chegou ao Flamengo, Dorival barrou o jovem Hugo, que vinha sendo muito questionado. O treinador também falou sobre a relação com Diego Alves, com quem teve um desentendimento no passado.
– Nós (ele e Diego Alves) tivemos um fato lá atrás, mas foi resolvido no vestiário. Sempre respeitei como profissional. Eu achava que muito do que vinha acontecendo estava sendo jogado nas costas do Hugo de uma forma não correta. Era responsabilizado por tudo. Um jovem com uma grande capacidade. É uma situação difícil para o atleta. Eu disse ao Hugo que ele tinha direito de achar que eu estava errado, mas de repente ele veria que uma parada para ele seria importante para a sequência da carreira. Pensei mais nisso do que a situação com o Diego, que para mim estaria resolvida. Uma situação não tem nada a ver com a outra.
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O Flamengo volta a campo na quarta-feira (7), quando enfrenta o Vélez Sarsfiled, no Maracanã, às 21h30 (de Brasília), em duelo de volta da semifinal da Libertadores. O Rubro-Negro pode perder por até três gols de diferença que avança à finalíssima da competição.
