Neste sábado (10), Frankfurt recebeu o Wolfsburg em partida que colocou frente a frente as duas maiores surpresas da temporada na Alemanha. De um lado, os donos da casa com sua capacidade de contra-atacar e todo o seu poderio ofensivo e o do outro, o Wolfs com sua defesa sólida e uma estilo mais posicional de construir os ataques. Com 11 pontos de vantagem para o Dortmund, uma vitória deixaria o Wolfsburg praticamente garantido na próxima Liga dos Campeões, mas foram os donos da casa que conseguiram impor o seu ritmo e estilo de jogo, vencendo por 4 a 3, abrindo 10 pontos para o mesmo Dortmund – que ainda joga na rodada – e ficando em situação muito confortável para voltar a jogar a maior competição de clubes da Europa depois de 61 anos.
O ENCAIXE DAS EQUIPES
Frankfurt e Wolfsburg realizaram um duelos de estilos, entre um Eintracht que precisa de poucos toques para punir erros defensivos e um Wolfs que estabelece posses mais longas, buscando trabalhar as dobradinhas pelos lados do campo. Logo de cara, um encaixe chamou atenção: O trabalho individual do Weghorst – centroavante do Wolfsburg – batalhando sozinho contra o trio de zaga do Frankfurt. Depois que o Wolfsburg estabelece a bola no ataque, é necessário entender qual lado vai buscar construir seu jogo, mas a ideia não muda, com o meia que joga aberto centralizando as jogadas, o lateral ocupando o corredor e um dos volantes subindo para possibilitar triangulações. Em lado aposto, fica o outro meia, que espera aberto enquanto o lateral faz o balanço defensivo.
Já o Frankfurt, a busca é bem mais vertical. Toda recuperação de bola é uma possibilidade de aceleração, com Andre Silva e Jovic servindo como referencias e deixando apoios, para Kamada e Sow direcionarem o lado para chegar ao terço final, sendo Kostic – o ala pelo lado esquerdo – a opção mais utilizada. Dentro dessa busca por posses mais curtas, muita velocidade e a capacidade de gerar erros em campo ofensivo, o Frankfurt acabou ditando o ritmo de jogo, trazendo a partida para sua zona de conforto e vencendo o duelo com um jogo muito aberto.
O time treinado por Adi Hutter, marcou quatro vezes – Kamada, Jovic, André Silva e Durm – e chegou a 59 gols marcados na Bundesliga, se isolando como o segundo melhor ataque da competição. Já o time treinado por Oliver Glasner – que marcou 3 vezes, com Baku, Weghorst e Tuta contra – tem sua maior força na consistência defensiva e sofreu mais de 2 gols numa mesma partida pela primeira vez na temporada, mas segue em excelente posição para chegar a próxima Liga dos Campeões e com a segunda melhor defesa da competição, atrás apenas do Leipzig.