Fluminense
Após título do Fluminense, Abel elogia a energia da torcida e revela: ‘Não tinha visto o Cano tão feliz como nesse momento’
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Depois de ter empatado por 1×1 com o Flamengo no último jogo das finais do Campeonato Carioca e ter conquistado o título estadual após dez anos, o técnico do Fluminense, Abel Braga, comentou sobre a partida na coletiva de imprensa pós jogo. O treinador analisou taticamente o jogo e dificuldade de sair com vantagem da partida de ida
– (Por causa da vantagem) Tá sempre atrás da segunda bola, então, mesmo que você ganhe a primeira (partida), tá sempre em dificuldade na segunda. Era o seguinte, nós tínhamos a vantagem, como tínhamos lá (pré-Libertadores), e jogamos marcando o Flamengo alto, saindo bem, jogando, tocando, segurando, em alguns momento dando velocidade, não todas as vezes marcando alto, outras vezes mais baixo, e claro, procurando tirar o espaço do Flamengo, porque é uma equipe muito forte.
O treinador também destacou suas raízes no Fluminense e a proximidade com o clube
– Aqui tudo começou pra mim. Eu era um menino que morava na Penha, estudava, era uma classe média, meia baixa, depois veio faculdade, seleção de base, eu fui aprendendo muito, desde o início aprendi muito, meu primeiro treinador, que era um grande homem, o Pinheiro, seu Julho, seu Haroldo, Pindaro, uma série de pessoas que eram diretores. Isso foi passando, de presidente pra presidente, até que chega aquele momento no profissional que você tem que deixar o sentimentalismo um pouco de fora, eu saí pra um outro grande clube que foi o Vasco, ganhei muito, fui pra Seleção Brasileira, fui pro Paris Saint-Germain…
Além disso, Abel reiterou sua relação com a torcida e a importância dela na final de hoje
– Não pode haver jamais esquecimento, a relação com os tricolores é muito forte. Eu não quero ser, nem devo ser, isso não existe em lugar nenhum, unanimidade, mas eu sei que o torcedor tricolor gosta de mim da maneira que eu amo eles. Hoje, novamente, é óbvio, estávamos em número inferior, e você viu o que eles transmitiram de energia pra equipe em campo, os caras se superaram.
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O técnico ainda adicionou uma crítica pela frequência de partidas do Flu e reclamou do pouco tempo para descanso e treino
– Outra coisa, nós não ficamos 10 dias treinando, é o quarto jogo de três em três dias, quarta-sábado, quarta-sábado, e tem quarta de novo e depois tem sábado novamente, é o primeiro do (Campeonato) Brasileiro. Eu sinceramente não sei o que vou fazer, e lamentavelmente a Conmebol parece que tá no mundo da lua, porque amanhã eu tenho que ir em um prédio no Leblon, pra ir pro clube fazer teste pra Covid pro jogo de quarta. Eu quero dormir, quero esfriar minha cabeça um pouco, e assim, pra vocês (jornalistas) deve ser ruim também né, porque vocês não param, e deixam de ter vida pessoal, mas não vou me estender não porque eu to muito feliz, to muito alegre, to muito agradecido aos meus jogadores.
Por fim, Abel falou sobre o atacante Germán Cano e a relação dele com o técnico e os companheiros de equipe
– Eu trabalhei com ele três meses no Vasco e posso te garantir, não pelos gols que tem feito, porque lá ele também cansou de fazer gol, mas eu não tinha visto o Cano tão feliz como se encontra no momento, uma relação muito boa desse grupo. Pra você ver, lá (no Vasco) ele me chamava como todo uruguaio, argentino- eles chamam o treinador de profi, e, no Fluminense, ele me chama de Abelão. Então, é porque ele tá a vontade, tá tranquilo, deve estar se sentindo orgulhoso porque o maior ídolo do clube tá no banco pra ele no momento, né. Assim, então nada mais justo do que uma grande homenagem pra ele, que ele possa mostrar todo esse momento que ele tá vivendo pra você (repórter), aí nessa matéria (especial sobre Germán Cano).
O próximo jogo do Fluminense é na próxima quarta-feira, 06/04, às 19H15, no Maracanã e já será a estreia do clube pela Sul-Americana.
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