Uma das imagens mais marcantes do velório de Roberto Dinamite até então foi a do ex-jogador do Vasco, Edmundo, aos prantos ao se despedir do ídolo. Muito importante na geração que sucedeu Roberto, Edmundo refletiu sobre como sua relação com o Cruzmaltino passa muito pelo que o ‘Bob’ fazia em campo.
“É sempre muito difícil você perder alguém que você gosta, que você admira, que você idolatra. Acordar num domingo com a notícia da perda do Roberto foi muito difícil, mas estar aqui em São Januário, ver todo esse carinho que as pessoas estão tentando passar nesse momento difícil é gratificante. Saber que, de ídolo, a companheiro, amigo, enfim, foi uma trajetória bonita. Acho que é mais ou menos isso que eu pretendo levar e lembrar deles todos os dias” – desabafou.
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Durante todo o velório, Edmundo pareceu ser uma das pessoas mais emocionadas e, depois, fez questão de explicar porque tem/tinha uma relação tão especial com Roberto. A perda do amigo/ídolo foi tão dolorida para o ex-jogador que ele afirma só ter sentido tamanha dor quando perdeu seu pai.
“Eu me tornei Vasco graças ao Roberto. Eu sou Vasco da Gama por causa do Roberto, isso foi muito marcante. Cheguei aqui (no Vasco) aos 7,8 anos para treinar pela primeira vez no time de futsal e quase não chego para treinar porque fiquei agarrado, grudado na grade que tinha, não era vidro, eram grades aqui (em São Januário), e quase não cheguei para treinar porque não tirava os olhos dele. Deus me deu o presente de jogar ao lado dele, em 1992, e foi sensacional. A partir dali nos tornamos amigos, e o convívio diário com ele era sensacional”
“Só quando meu pai faleceu eu senti essa dor que estou sentindo desde ontem. Eu tive a felicidade de jogar com ele, no último ano de carreira, conquistar um título e virar amigo. O que a gente pode fazer é estar perto da família.” – finalizou.
Edmundo teve o privilégio de compartilhar os últimos momentos da careira de Dinamite ao lado dele, em campo. Roberto era o exemplo que o jogador se espelhava para traçar seu início de carreira.
“O ensinamento era respeito. Foi a primeira coisa que eu aprendi. Claro, ficava ali com ele olhando ele bater pênalti, falta, eu era meia quando comecei, então queria jogar ao lado dele, dar passes. E acho que isso aconteceu algumas vezes. Me lembro de todos os dias, era fantástico o convívio diário com ele” – relembrou.
Antes de comparecer ao velório, ainda no domingo (8), Edmundo já havia feito uma homenagem ao seu ídolo ao deixar uma publicação em seu Instagram exaltando o legado deixado pelo amigo. Confira abaixo:
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