Futebol Mineiro
Especialista fala sobre possíveis punições após o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro na Arena MRV
Raposa e Galo registraram inúmeros episódios durante o primeiro derbi do novo estádio em Belo Horizonte
— Continua depois da publicidade —
No dia 22 de outubro, a Arena MRV foi palco de um clássico emocionante entre Cruzeiro e Atlético pelo Campeonato Brasileiro, com vitória celeste por 1 a 0 no primeiro duelo entre ambos no estádio. Porém, recentemente, ambos os clubes de Belo Horizonte se encontraram em uma situação delicada perante o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), devido ao uso incorreto de sinalizadores durante o confronto, que resultou em depredação de objetos.
O incidente em questão se enquadra no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata do dever de prevenir e reprimir desordens nas praças esportivas. Isso significa que tanto Raposa quanto Galo podem enfrentar consequências legais devido ‘à omissão no controle das ações de seus torcedores’.
Além do uso dos artefatos, outras questões protagonizaram os conflitos. Por parte do Cruzeiro, houve contestações referente a falta de portas nos banheiros, venda de cervejas não realizadas e falta de visão parcial aos seus torcedores. Já o Atlético, reclama da depredação de cadeiras no setor visitante e casos de agressão contra familiares de atletas.
+ Para saber tudo sobre o Atlético-MG e o Cruzeiro, siga o Esporte News Mundo no Twitter, Facebook e Instagram.
O Dr. Gustavo Lopes, advogado e mestre em Direito Desportivo, esclareceu as possíveis punições que podem ser aplicadas nesse caso, em especial, para o Galo, dono da Arena MRV. Ele destacou que as questões relacionadas à infraestrutura podem resultar em duas categorias de consequências.
– As situações ligadas à infraestrutura podem gerar dois tipos de consequências no estádio, a primeira delas seria a desportiva, ou seja, perda de mando de campo, onde a procuradoria geral da instituição esportiva detecta e identifica eventual problema geral de infraestrutura, e onde posteriormente, é realizado a denúncia ao clube (Atlético) e a interdição do local (Arena MRV).
O doutor ainda abordou sobre o enquadramento da série de ações por parte de torcedores do Cruzeiro. Ao longo da semana após o clássico, uma mobilização ocorreu vindo de cruzeirenses, e até do próprio clube, na busca por ações judiciais.
– No caso do clássico, essa ação é tida como uma consequência civil. Ao todo já são mais de 70 ações de torcedores cruzeirenses. As consequências vão desde a devolução do valor do ingresso, até indenização por danos morais.