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Cain Velasquez, ex-campeão dos pesados do UFC, terá que passar os próximos anos na prisão. O lutador foi condenado a cumprir cinco anos de pena por acusações ligadas à sua prisão em 2022, segundo informação do MMAFighting.
De acordo com o site, o lutador se submeteu a uma audiência nesta segunda-feira (24), na qual o juiz Arthur Bocanegra emitiu a sentença. A promotoria havia pedido que o ex-UFC fosse condenado até 30 anos de prisão, mas a defesa conseguiu reduzir a pena para cinco anos, que nem deverão ser cumpridos em sua totalidade.
Citando a passagem inicial de Velasquez na prisão, que totalizou cerca de 1283, incluindo também prisão domicilizar, o tribunal considerou como ‘desconto’ da pena, o que deixaria praticamente pouco menos de dois anos a cumprir.
Entenda o caso
Cain Velasquez fora preso em fevereiro de 2022 depois de perseguir e atirar contra um carro em alta velocidade. Se descobriu que tal ato teve ligação com o fato de um do ocupantes do veículo ser acusado de ter abusado sexualmente do filho do lutador.
O homem, Harry Goularte, havia sido preso inicialmente sob suspeita de ter abusado de crianças em uma creche mantida por sua família, mas foi liberado sob fiança. Na perseguição, um dos tiros atingiu o padrasto de Goularte, mas estas lesões não foram fatais.
O ex-campeão peso-pesado do UFC ficou peso durante oito meses e recebeu uma série de acusações, como tentativa premeditada de homicídio, agressão agravada e uma série de crimes relacionados a porte de arma.. Depois, Velasquez foi liberado sob o pagamento de fiança e buscou com a promotoria que cuidava do caso um acordo no qual afirmava não contestar as acusações, o que fez com que o perigo de pegar prisão perpétua fosse reduzido.
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Durante o período em que esteve preso, o lutador recebeu apoio público de outros lutadores e figuras ligadas ao MMA. Fora da cadeia, chegou a fazer aparições em eventos de pro wrestling e treinando lutadores para eventos.
Foram três anos de demora e diversos adiamentos do julgamento antes da audiência desta segunda-feira. A promotoria citou para defender uma pena maior a Velasquez que o crime cometido por ele seria ‘grave’ e que o ex-UFC deveria admitir ‘ter posto em perigo’ a integridade de pessoas com seu ‘ato perigoso’ e também causado nas vítimas ‘danos físicos e psicológicos’
A defesa do lutador tentou pedir por liberdade condicional e, no final, foi sentenciado ao período de cinco anos de prisão, este reduzido pelo tempo que já esteve detido. A data oficial para que tal período comece a contar ainda não está definida.
– O que posso dizer é que, do jeito que as coisas aconteceram, não era o modo correto de o fazer. Não podemos fazer justiça com as próprias mãos. Sei o que fiz, sei que o que fiz foi perigoso para várias pessoas, não apenas para os envolvidos, mas para gente inocente também. Compreendo o que fiz e quero fazer de tudo para mostrar que tenho que pagar pelo que fiz – disse Velasquez em entrevista ao podcast de Kyle Kingsbury, seu ex-colega de time
