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Ex-volante Gavilán analisa impacto de eliminação na Libertadores para a sequência da temporada do Grêmio

Divulgação/Grêmio FBPA

A eliminação de uma Libertadores é sempre difícil. Ainda mais quando acontece após levar um goleada, como foi o caso do Grêmio para o Santos, na Vila Belmiro. Para procurar entender os desdobramentos para a sequência da temporada, o Esporte News Mundo entrevistou Diego Gavilán, ex-volante paraguaio, que foi vice-campeão da América pelo Tricolor gaúcho em 2007.

Gavilán estava no elenco gremista que disputou a final da competição contra o Boca Juniors. Na ocasião, os argentinos venceram na Bombonera por 3 a 0 e voltaram a vencer no saudoso Estádio Olímpico por 2 a 0. No agregado, 5 a 0 para os Xeneizes. Uma derrota que ficou marcada para a torcida tricolor.

O IMPACTO DA ELIMINAÇÃO NA LIBERTADORES

— O Grêmio já várias vezes se levantou de alguma eliminação ou alguma derrota forte, como aquela derrota de 5 a 0 no Maracanã. O que pode acontecer para uma equipe que vem de uma eliminação é ter uma revanche, um novo desafio o mais rápido melhor. Hoje, tem um novo jogo de decisão e é um momento que possa cobrir essa dor que gera uma eliminação da Libertadores, que, para o torcedor, vencer a Libertadores é fundamental, é o objetivo de todo mundo. Mas também, tem que ter em conta que, se acontecer uma situação negativa com a Copa do Brasil, aí sim acho que o resto da temporada vai ficar difícil.

PÓS-LIBERTADORES DE 2007

— Naquele momento, nós tivemos a “felicidade” de que o jogo seguinte era o Gre-Nal, no Beira-Rio, e a gente conseguiu ganhar. Isso, de alguma forma, aliviou um pouco o ambiente. De fato, a equipe sofreu várias modificações, porque foram transferidos vários jogadores importantes. Mas no decorrer do ano, após essa final contra o Boca Juniors, o grupo manteve uma regularidade importante. Não mudou absolutamente nada com relação ao comando (técnico) e é lógico que, em algum momento, a gente ia sentir um pouco de turbulência, porque o desgaste emocional foi forte, foi grande e cada jogo do Brasileirão era uma final. Nós tentamos retomar essa caminhada no Brasileirão porque nós estávamos, se não me engano, entre os sete, oito mais ou menos e, se nós acelerássemos de novo, poderíamos ter ficado entre os quatro primeiros e conseguir uma vaga para a Libertadores seguinte.

CABEÇA DO JOGADOR PARA UMA NOVA DECISÃO

— Uma coisa é tu perder porque o adversário foi muito melhor. Agora, uma coisa é tu perder sabendo que também tinha a competência para competir e não fez isso. Acho que o Grêmio não competiu, principalmente nesse segundo jogo (contra o Santos). E isso gera uma situação de “raiva”, para chamar de uma forma. Geralmente, na minha época, os jogadores se reuniam para virar a página rápido e a única forma de virar a página era ganhando novamente. Ganhar sempre apaga muita coisa. E o treinador deixar passar um pouco essa fumaça, tentar falar o menos possível, mas o mais concreto possível. Ou seja, falar pouco, mas falar certamente sobre assuntos bem específicos. Para não colocar muito mais coisas na cabeça, aliás não tem muito a mudar. É um tropeço que pode acontecer ao longo do ano e lógico que negativo. Mas o Grêmio teve muito mais momentos bons e, quando teve ruim, manteve o mesmo modelo de jogo, não mudou absolutamente nada e hoje não é diferente. Não vai mudar, não vamos ver nada diferente do que já estamos acostumados a ver do Grêmio.

POSSIBILIDADE DE TÍTULO PARA O GRÊMIO NESTA TEMPORADA

— Acho que fica mais perto da Copa do Brasil. Porque o Campeonato Brasileiro é longo ainda e são jogos duros. E com essa pandemia, tu não sabe se vai ter os jogadores à disposição, tomara que não aconteça nada dentro da situação do Covid-19. Mas a Copa do Brasil é o caminho mais perto, mas curto vamos dizer assim. É o caminho, onde o Renato e a equipe do Grêmio sabem que é o caminho para ganhar uma taça do Brasil, com um bom ingresso economicamente e voltar a ganhar um título a nível nacional.

Gavilán atuou com a camisa gremista em 2007. Foram 29 jogos disputados, com 15 vitórias, quatro empates e 10 derrotas. O paraguaio não marcou gol.

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