Em mais uma entrevista exclusiva de jogadores que atuam em centros alternativos do Futebol. Foi a vez saber melhor sobre o meio-campo, Guilherme. Atualmente no Guangzhou City FC, da China. Mas também com passagens por equipes de Portugal, Itália e da Turquia.
Guilherme destacou onde atuou melhor seja individualmente ou coletivamente e os motivos
— Acho que todas foram enriquecedoras, mas na verdade, eu destacaria duas. Na Polônia, pude jogar a Champions League pelo Legia depois de 21 anos que o clube estava fora da competição, isso foi um marco na história do clube e da vida dos torcedores. E a passagem na Turquia também foi muito boa, joguei por três clubes diferentes, num país onde a competitividade é muito legal. Mas é difícil ter que escolher só um ou outro país, todos os lugares e países por onde eu passei pude absorver coisas muito interessantes na minha carreira – disse o meia.
O meio-campo também falou e citou as diferença táticas entre os locais onde jogou.
— Acredito que o futebol europeu é bem parecido, acredito que o que muda mais acho que é a dinâmica de jogo de cada competição. Na Polônia, não tinha tanta qualidade técnica, mas tinha muita competitividade e duelos físicos. Já a Itália, tem um campeonato mais tático e mais técnico. Turquia e Portugal têm um jogo mais cadenciado, mas também um nível muito alto. Então, acredito que por eu ter saído do Brasil muito cedo não senti tanta dificuldade nas mudanças táticas e técnicas nos países que eu joguei – citou o brasileiro
Na Turquia e defendendo as cores do Trabzonspor, Guilherme foi campeão nacional e ajudou o clube quebrar um amargo jejum sem conquistas da equipe.
— A conquista no Trabzonspor foi muito importante porque, como você bem frisou na pergunta, o clube vinha de um jejum de dez anos e ter vencido a Copa da Turquia foi muito importante naquele ano, apesar de a gente ter perdido o título do campeonato no final muito por conta da questão do coronavírus, porque perdemos a presença da nossa torcida que era um diferencial muito grande. Mas fiquei muito feliz por ter escrito meu nome na história do clube – destacou o jogador campeão pelo Trabzonspor.
Saindo um campo do campo e bola, Guilherme detalhes de uma transferência que fez em sua carreira.
— A história do Guangzhou foi curiosa, porque eu estava na Turquia há um bom tempo e o meu empresário sempre falava dessas questões da China, o Marcelo (Robalinho) sempre lidou muito bem com isso, já vinha trabalhando meu nome nesse mercado há alguns anos. E aí quando eu tinha acabado de chegar no Göztepe, surgiu a oportunidade de ir para China. Foi uma negociação muito complicada por conta de eu ter pouco tempo no clube, a oferta do clube chinês veio logo a seguir a minha chegada ao Göztepe, mas a Think Ball lidou muito bem com as negociações, conduziu de forma excelente e honesta, e no final todas as partes saíram satisfeitas. A chegada ao futebol chinês foi excelente, apesar de um período sem família, eu gostei muito da cidade e de como os chineses abordam o futebol – revelou o atleta
Guilherme, assim como outros atletas brasileiros, saiu do país desconhecido de grande parte do público. O jogador respondeu se acompanha o futebol do Brasil e o que acha dele no momento.
— Eu acho o futebol brasileiro muito competitivo, com um dos campeonatos mais difíceis do mundo. Claro que temos muita coisa para melhorar ainda, mas nos últimos anos eu consegui ver uma evolução muito grande, principalmente na parte tática nos jogos. A minha vontade é voltar para o Brasil e sentir essa grande diferença dentro de campo também, porque uma coisa é o nosso olhar crítico fora de campo, mas quando a gente entra em determinado ambiente ou competição, só lá dentro mesmo pra gente ter uma abordagem mais concreta – finalizou Guilherme para o Esporte News Mundo.
Este é a quarta reportagem sobre jogadores que atuam em centros alternativos no Futebol.