Seleção Brasileira

Fernando Diniz chama responsabilidade e lamenta passividade do Brasil em derrota

Fernando Diniz, técnico da Seleção Brasileira (Pablo Porciuncula/AFP via Getty Images)

Treinador lamentou lances dos gols do Uruguai, citou lições a serem tiradas e projetou últimos jogos de 2023

Pablo Porciuncula/AFP via Getty Images

O Brasil teve nova atuação apática e conheceu a primeira derrota nas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo 2026. Em jogo disputado na noite desta terça-feira (17), a Seleção Brasileira foi derrotada pelo Uruguai por 2 a 0 no Estádio Centenario, em Montevidéu/URU. A partida foi válida pela quarta rodada do torneio, com gols marcados por Darwin Núñez e Nicolás de La Cruz.

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Após a partida, o técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva e fez sua análise de diversos pontos ocorridos no confronto realizado no país fronteiriço. Sobre o desempenho aquém do esperado, com apenas duas finalizações durante os 90 minutos, ambas no segundo tempo, Diniz falou que a passividade brasileira foi fundamental para que, mesmo com maior posse de bola, seus comandados fossem inofensivos à Celeste.

“Temos a melhor matéria-prima à disposição. Não é que as ideias não aconteceram, mas faltou agressividade no primeiro tempo. O Uruguai tentou marcar em um bloco médio alto e tirar nossa posse. Tivemos a posse, o controle do jogo, que era importante, mas sem profundidade. Faltou arriscar mais, ser mais incisivo, mais agressivo, principalmente com os zagueiros para empurrar o Uruguai. No segundo tempo, melhoramos um pouquinho. A marcação foi boa, não oferecemos muitos espaços para o Uruguai. Faltou contundência e essa sensibilidade vamos adquirir com o tempo e com o trabalho. O adversário hoje exigia mais do que produzimos. Os trabalhos acontecem com o tempo. Nenhum trabalho na minha vida aconteceu de forma linear. São coisas que acontecem para aprendermos e melhorar para os próximos jogos”, disse.

Além da derrota, o Brasil não pôde contar com Neymar durante o segundo tempo. Aos 44 minutos da etapa inicial, o camisa 10 torceu o joelho esquerdo, deixou o campo de maca e foi carregado aos vestiários com possibilidade de haver uma lesão mais séria, talvez lesão ligamentar. Questionado se a seleção teve melhor ou pior desempenho após a saída do atacante, Diniz rechaçou qualquer relação entre melhora em campo e a saída de Neymar.

“Temos uma certa tendência a fazer uma análise simples para problemas complexos. Se tivesse razão, com o Neymar teríamos muita profundidade e chances criadas. Não foi o que aconteceu. No segundo tempo, fomos até levemente melhores do que no primeiro. O time como um todo não foi bem na parte da criação. O jogo foi amarrado, costurado, e faltou articulação. Não por conta de um jogador ou outro. Faltou porque o time não soube construir. Nesse sentido, o principal responsável sou eu mesmo. O Neymar saiu faltavam quatro ou cinco minutos para o fim do primeiro tempo e, em momento algum, tivemos articulação”, falou.

O comandante brasileiro lamentou os dois gols que resultaram no revés. Para Fernando Diniz, ser derrotado por dois tentos iniciados em jogadas iniciadas em arremessos na lateral é algo inadmissível, que o treinador fez questão de trazer para si a responsabilidade.

“No segundo tempo, teve até um pouquinho mais de articulação, chegamos pelos lados. O time não esteve bem na parte da criação e o Uruguai também pouco criou. Foi um jogo muito amarrado. Eles deram um chute no primeiro tempo e fizeram o gol. Tomamos dois gols de falhas que não podemos cometer. Dois gols de arremesso lateral. Não foi um bom jogo e o responsável sou eu mesmo. Acho que a gente como um todo faltou. A marcação na maior parte do tempo esteve bem. Na parte de construção, no jogo como o de hoje, pedia uma construção mais coletiva”, declarou.

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Em conclusão, Fernando Diniz fez sua projeção para os dois próximos jogos, a serem disputados em novembro. A principal medida a ser tomada, de acordo com o técnico, é dar a agressividade necessária para atacar e construir a vitória e enfatizou que, apesar da falta de tempo para impor sua filosofia de jogo, tem confiança de que o desempenho será melhor.

“Faltou agressividade. Foram partidas muito diferentes que a gente fez até hoje. Vamos procurar corrigir a falta de agressividade que a gente teve. Obviamente que tem a falta de tempo. A gente precisa reconhecer os adversários e ir melhorando. Tenho confiança de que a gente vai apresentar um futebol melhor na próxima convocação”, concluiu.

Com sete pontos, a Seleção Brasileira ocupa a terceira posição nas Eliminatórias Sul-Americanas. O Brasil irá entrar em campo no próximo mês de novembro para enfrentar a Colômbia em Barranquilla/COL e a Argentina no Maracanã, no Rio de Janeiro/RJ, nos dois últimos jogos de 2023.

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