Automobilismo

Ferrari terá piloto russo em treino livre na F1 nos EUA após brecha na regra

Divulgação / Twitter: Robert Shwartzman

O piloto Robert Shwartzman irá guiar o carro da Ferrari no primeiro treino livre no GP dos Estados Unidos, no dia 21 de outubro, utilizando a licença de Israel.

O piloto russo de 22 anos nasceu em Tel Aviv, capital israelense. O ex-piloto da Fórmula 2, campeão da Fórmula 3 em 2019 e atualmente é membro da Academia de Pilotos da Ferrari. Após ter feito a modificação de sua licença, ele já guiou o SF21 (carro da equipe na temporada passada) em Mugello, na Itália.

“Eu sempre tive um passaporte israelense, claro, e decidi pedir uma licença de corrida em Israel quando a situação entre a Rússia e a Ucrânia piorou. Afinal, quero ser piloto, chegar à Fórmula 1 é meu único objetivo e eu tinha a necessidade de garantir que estaria disponível caso a Ferrari precisasse me colocar no carro.” disse o piloto russo em entrevista na sede da escuderia no mês passado.

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Em fevereiro deste ano, uma guerra começou entre Rússia e Ucrânia e a Federação Internacional do Automobilismo (FIA) começou uma série de restrições como: proibição de bandeiras e símbolos, bandeiras e hinos dos russos e o cancelamento do GP no país. Belarus também sofreu com as mesmas punições.

Representantes da FIA que eram da Rússia e Belarus também foram afastados de seus cargos e a entidade impôs restrições a Federação Russa de Automobilismo (RAF) e a Federação de Automobilismo de Belarus (FBA). A Confederação Britânica também proibiu ambas as nacionalidades de participar de eventos no país.

Apesar dos apelos da Federação Ucraniana, o presidente da F1 Mohammed ben Sulayem permitiu que os pilotos russos continuassem correndo na categoria mas com uma ressalva: de assinar um documento chamado “Compromisso do Piloto”.

Neste documento, o piloto abre mão de seu país de origem e presta solidariedade a Ucrânia e a Federação Ucraniana de Automobilismo. O atleta também assumi o compromisso de não expressar apoio aos russo dos conflitos da guerra e qualquer comentário ou pronunciamento que comprometa os interesses da FIA.

“Robert nasceu em Israel, ele tem passaporte israelense. Então não é uma licença russa. Ele também estava de acordo com a questão das empresas russas e interrompeu qualquer acordo que tivesse com elas. Ele ainda é nosso piloto de testes, ele permanecerá por isso, e se tivermos no futuro alguma oportunidade de deixá-lo pilotar, provavelmente o deixaremos.” disse o chefe da Ferrari Mattia Binotto.

O piloto russo Alexander Smolyar cogitou a possibilidade em não correr na Fórmula 3, mas acabou voltando atrás, conseguindo uma licença de Andorra e correndo de nacionalidade neutra. No caso de Shwartzman, ele adotou oficialmente a bandeira de Israel.

O ex-piloto da F1 Daniil Kvyat, se recusou o “Compromisso do Piloto” e com isso só pode correr na Rússia. Kvyat chegou a disputar apenas uma prova no Estados Unidos, na Nascar Cup Series.

O GP da Rússia vinha sendo realizado desde 2014 e estava programado para o dia 25 de setembro, mas o contrato da etapa foi rescindido e encerrou os planos da F1 migrar para o circuito de Igora Drive, em São Petesburgo.

A Fórmula 1 volta no dia 2 de outubro com o GP de Singapura. E você acompanha todas as emoções em nossa cobertura completa em nosso site. Lembrando que restam apenas seis provas para o fim da temporada 2022.

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